Reitor da Unifei defende diálogo para resolver o atraso nas obras da universidade

Enquanto Edson Bortoni defende o diálogo como a melhor saída, Heraldo Noronha segue firme na ideia

Reitor da Unifei defende diálogo para resolver o atraso nas obras da universidade
Edson Bortoni ouve comentários de Heraldo Noronha em encontro na Unifei. Foto: Victor Eduardo/DeFato Online
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No fim da tarde desta segunda-feira (13), sete vereadores itabiranos foram ao campus da Universidade Federal de Itajubá ouvir explicações sobre o atraso nas obras dos novos prédios da instituição de ensino. Edson Bortoni e Gilberto Cuzzuol, respectivamente reitor e diretor da Unifei, fizeram uma apresentação sobre a história da universidade, a chegada de novos cursos e as obras. Compareceram ao campus os vereadores Heraldo Noronha (PTB), Neidson Freitas (MDB), Rose Félix (MDB), Sidney Marques Vitalino Guimarãe “do Salão” (PTB), Luciano Gonçalves Sobrinho (MDB), Júlio César de Araújo “Contador” (PTB) e Roberto Fernandes Carlos de Araújo “Robertinho da Autoescola” (MDB).

Tanto durante a conversa quanto depois, em entrevista à DeFato, Edson Bortoni demonstrou receio quanto à possível CPI da Unifei. Segundo ele, o trâmite político poderia gerar ainda mais atrasos nos repasses feitos pela Vale, responsável pela obra. Para o reitor, a solução deve ser resolvida no diálogo.

“Acho que foi uma conversa proveitosa, porque os poderes públicos tem que participar principalmente de uma obra que vai ser benéfica para a sociedade como um todo. Essa participação da Câmara é a representação da sociedade itabirana nesse processo. Como falei, as coisas tem que ser resolvidas no diálogo, simplesmente estourar uma CPI é matar uma mosca com tiro de canhão. Mas se você faz uma comissão, com dois membros da Prefeitura, Câmara e universidade, vai na Vale, conversa, coloca tudo em pratos limpos e ver quais são as medidas a serem tomadas para dar celeridade numa obra que é tão importante para a sociedade itabirana”.

A comissão a qual Edson se refere não é a Parlamentar de Inquérito, mas outra formada por dois membros da Prefeitura, Câmara e a própria universidade. Segundo ele, o grupo poderia se reunir e cobrar a Vale diretamente na sede da empresa, no Rio de Janeiro.

 

CPI Unifei
Foto: Victor Eduardo/DeFato Online

Discordância

Questionado pela reportagem se poderia repensar sua postura quanto à CPI após as falas de Edson Bortoni, Heraldo Noronha, presidênte da Câmara, foi enfático: não há chances.

“Não muda (em nada). Porque se ela (Vale) fez o compromisso, se ela tem a obrigação e realmente preza por Itabira e preza o foco da Unifei ser uma alavanca na economia de Itabira, ela vai parar por que? Só se ela tiver rabo preso na obra”.

Em relação à ideia sugerida pelo reitor, o petebista afirma que irá avaliar a proposta. “A gente pode estudar essa possibilidade, pois o diálogo é sempre bom. Mas são quase cinco anos que a obra está sem andar, algum embargo tá tendo. Porque não tem condições você falar que uma obra daquela tem 50 pessoas trabalhando, é a mesma coisa de ninguém”, finaliza.