Revitalização da praça Gomes Freire, o “Jardim”, gera polêmica em Mariana

A revitalização da praça Gomes Freire, localizada na cidade histórica de Mariana, tem gerado polêmica na redes sociais. As obras chamaram a atenção do público após a construção de uma rampa de concreto sob uma parte do calçamento construído no final do século XVIII. 

O local, conhecido como Jardim, é um ponto muito querido pelos munícipes, fato que fez com que os moradores se mostrassem insatisfeitos com as obras. A queixa é que a revitalização realizada pela Fundação Renova descaracteriza a arquitetura do município. No Twitter, os marianenses se mostraram espantados com o ocorrido. Em outro post, no Facebook, questionamentos foram feitos aos órgãos responsáveis pela preservação do patrimônio.

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— bia (@biagdalp) September 29, 2020

Histórico

O Jardim, que já foi cenário de novela, é ponto de encontro de famílias, amigos e estudantes. A revitalização foi aprovada em uma audiência pública realizada em novembro de 2019. Fechado para o público desde janeiro deste ano, a praça teve suas obras interrompidas logo no início da pandemia do novo coronavírus. Entretanto, os trabalhos foram retomados em junho deste ano. Esta semana, a construção da rampa gerou polêmica.

Acessibilidade

De acordo com o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o projeto da travessia previsto na praça Gomes Freire foi aprovado com a finalidade a mobilidade e a acessibilidade universal. Contudo, ao verificar que o material usado não estava adequado, o Escritório Técnico do Instituto em Mariana prontamente oficiou a Prefeitura e a Fundação Renova, gestora e executora da obra, para a substituição do material.

Segundo o instituto, as rampas acessíveis deverão ser de seixos rolados, seguindo o padrão de pavimentação existente na cidade. Já a plataforma da travessia será executado em quartzito, conforme o padrão de calçamento da praça. O Iphan pontou ainda que vistorias técnicas são efetuadas pela autarquia e uma reunião entre o órgão, a Prefeitura de Mariana e a Fundação Renova foi marcada para avaliar os demais pontos do projeto e verificar se há alguma desconformidade na execução. Até a publicação desta matéria, a reportagem da DeFato Online não teve retorno da Fundação Renova.