Rodízio de CPF foi bem-sucedido em Barão de Cocais, avalia Décio

No entanto, o prefeito de Barão, que é vice-presidente do Ciscel e secretário da Amepi, critica falta de consenso de municípios vizinhos na adoção de medidas conjuntas de restrição

Rodízio de CPF foi bem-sucedido em Barão de Cocais, avalia Décio
Foto: Banco de Imagens

A ausência de um pacto regional, adotando medidas conjuntas de restrição e controle para os setores comerciais e de serviços, é um entrave para o Médio Piracicaba frear o avanço da Covid-19. A avaliação é do prefeito de Barão de Cocais, Décio dos Santos.

Em maio do ano passado, Barão anunciou o rodízio de CPF para acesso de clientes a supermercados, mercearias e depósitos de materiais de construção. Hoje, o funcionamento de bares e restaurantes no município permanece restrito, segundo o prefeito, com  consumo proibido nos espaços. Na avaliação de Décio, as ações foram bem-sucedidas para evitar um avanço maior da Covid-19.

“Mas, nesse assunto, temos um grande problema com municípios vizinhos. Eles não fazem o que a gente faz e isso é ruim. As ações deveriam ser tomadas em conjunto. Não adianta um município ser mais restritivo, se o vizinho não o é”, criticou o prefeito de Barão.

Décio afirma ter proposto a aliança em conversas com outros gestores municipais, mas o tema não avançou. Ele é o vice-presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Centro Leste (Ciscel) e o secretário da Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Piracicaba (Amepi).

Barão de Cocais notificou, até sábado (23), 12 óbitos associados à doença. Segundo o prefeito, o número de novos casos vem crescendo, com o temor de uma onda mais severa. “Temos uma média de 7… 8 novos casos (positivos) todos os dias. É a pior época, desde o início da pandemia, que estamos vivendo”.

 

Plano de vacinação

Barão de Cocais recebeu pelo menos 160 doses da Coronavac, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES). O plano de vacinação contempla, num primeiro momento, os profissionais da linha de frente nas unidades de pronto atendimento, já iniciado.

O chefe do Executivo mencionou que a cidade tem em torno de 500 profissionais da saúde, somando a rede municipal e a iniciativa privada. Dessa forma, a imunização de todos os trabalhadores e dos idosos ainda vai demorar.

“Sou otimista. Acredito que no mês de maio teremos todos os profissionais da saúde e a população idosa de Barão vacinada”, estimou o prefeito. Por enquanto, o apelo é que a população mantenha as medidas de controle e prevenção do coronavírus.