Saae acata proposta da Arisb e tarifas de água e esgoto recebem reajuste de quase 16%
Medida está em vigor desde o dia 1º de outubro
A Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais (Arisb-MG) propôs e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itabira (Saae) promoveu um reajuste de 15,67% nas tarifas de água e esgoto cobradas no município. O aumento, vigente desde 1º de outubro, ocorre em meio a inúmeras críticas contra o serviço executado pelo Saae. A informação foi confirmada pela própria autarquia à reportagem da DeFato.
O auge dessas críticas aconteceu no início de novembro, quando uma água muito suja foi distribuída em vários bairros itabiranos. Algum tempo depois, após uma investigação conjunta entre o município e forças policiais, descobriu-se que a empresa Minax foi a responsável pela contaminação do produto. Ainda assim, as críticas ao Saae não cessaram.
Naquele mesmo mês, a vereadora Rosilene “Rose” Félix (MDB) chegou a questionar se a ETA Pureza, de onde saiu a água contaminada, não era uma “grande caixa d’água”, sem a capacidade de tratar o produto.
“A comunicação do Saae há muito tempo é questionada, não é uma comunicação eficiente. E a população precisa saber: essa água está sendo efetivamente tratada ou não? É uma estação de tratamento ou uma grande caixa d’água? O que faltou, informação ou segurança? Faltou recurso para que o operador da estação de tratamento fizesse o seu trabalho de forma efetiva para que essa água não chegasse em nossas residências da forma como chegou?”, criticou a parlamentar.
Reajuste
O aumento de quase 16% nas tarifas de água e esgoto tem por objetivo proporcionar mais infraestrutura em Itabira e melhorar o serviço de saneamento básico. Foi o que alegou o coordenador de regulação da Arisb-MG, Guilherme Augusto Silva Araújo, ao detalhar a proposta feita em setembro.
Entre as melhorias prometidas, estão as reformas de reservatórios, da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Laboreaux e a construção da ETE Senhora do Carmo. Além disso, o Saae Itabira também promete investir na aquisição de macromedidores, equipamentos de medição que permitem a obtenção de dados de vazão e o volume de forma instantânea.
As alterações nas contas irão variar de acordo com as categorias (residencial, residencial tarifa social, comercial, industrial e pública), faixas de consumo e serviços (água e esgoto). Dessa forma, o usuário residencial que possui os serviços de água e esgoto e consome 10m³ (10 mil litros) receberá uma fatura mensal de R$ 61,21, o que representa um acréscimo de R$ 8,29.
