Salário mínimo valerá R$1.320,00 a partir de maio
Aumento representaria um reajuste de 1,3% do salário atual
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quinta-feira (27), no Palácio da Alvorada, e afirmou que a medida provisória que autoriza o reajuste do salário mínimo será assinada nos próximos dias, mas, não necessariamente antes do Dia do Trabalhador, comemorado em primeiro de maio, na próxima segunda-feira.
O novo valor é de R$1.320,00, o que equivale a 1,3% de reajuste, ou R$ 18,00 a mais sobre o salário atual, de R$ 1302,00. Lula avalia participar das festividades do Dia do Trabalhador no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo.
As centrais sindicais pleiteavam um salário de R$ 1.391,00 e propuseram ao governo uma política de valorização do salário mínimo, com uma fórmula que acelera o crescimento dos valores. A proposta é dividida em dois termos; um para os quatro anos do atual governo e outro e outro permanente por 25 anos, até 2053.
Para Clemente Ganz Lúcio, coordenador do fórum das centrais sindicais e ex-diretor do Dieese, o mais importante da proposta é que consiga restabelecer o ganho real do salário mínimo, desde quando ele foi estabelecido em 1940. “De lá para cá, a economia cresceu, mas o salário mínimo não acompanhou”, disse ele.
O aumento do salário mínimo e a mudança na faixa de isenção do Imposto de Renda, anunciados pelo presidente Lula, podem custar R$21,5 bilhões ao governo, segundo cálculos do economista-chefe e sócio da Warren Rena e ex-secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Felipe Salto.
Lula deu aval para que o Ministério do Trabalho avance com um projeto de valorização do salário mínimo, discutindo esses questões com centrais sindicais como CUT, Força Sindical, UGT, CSB e NCST.