Samba de uma nota só: Brasil e Colômbia assinam termo conjunto exigindo que a Venezuela publique as atas das eleições

Os Estados Unidos e outros dez países latino-americanos rechaçaram anúncio do Conselho Eleitoral da Venezuela

Samba de uma nota só: Brasil e Colômbia assinam termo conjunto exigindo que a Venezuela publique as atas das eleições
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Os presidentes do Brasil e da Colômbia, Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro, respectivamente, divulgaram na noite de sábado (24), uma declaração conjunta em que cobram, mais uma vez, da Venezuela, a divulgação das atas de votação nas eleições locais.

Diz a nota conjunta: “Ambos os presidentes permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis”.

A redação também afirma que o Brasil e a Colômbia tomaram nota da decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que na quinta-feira(22), emitiu parecer definitivo ratificando a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições do dia 28 de julho. A nota não reconhece o resultado reafirmado pelo tribunal venezuelano.

O comunicado, distribuído pelo Ministério das Relações Exteriores e também publicado na plataforma X, no perfil do presidente Lula, neste domingo (25).

A não publicação dos dados tem gerado questionamentos sobre o resultado dos órgãos oficiais da Venezuela, como o CNE e TSJ, nas mais de 30 mil urnas e que, segundo a oposição, tem como provar que o vencedor do pleito é Edmundo González.

O Ministério Público venezuelano abriu investigação questionando a conduta dos opositores e alega a suspeita de conspiração contra o resultado das urnas.

Nos protestos pós-eleições, mais de 1300 pessoas foram presas e ao menos 20 mortes já foram confirmadas.

Na declaração conjunta entre Lula e Petro, eles conclamam todos os envolvidos a evitar recorrer a atos de violência e à repressão, mas criticaram a imposição de sanção unilateral por parte de outros países à Venezuela.

A manifestação de ambos acontece um dia depois de os Estados Unidos e outros 10 países latino-americanos terem rechaçado a decisão da Justiça eleitoral venezuelana.

* Fonte: Agência Brasil