Secretaria investiga duas mortes de detentos em presídios de Minas Gerais
Ainda não é possível afirmar se elas têm relação com o uso de drogas K
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) investiga mais duas mortes de presos que cumpriam pena na Grande BH. Ainda não é possível afirmar se elas têm relação com o uso de drogas K. Na última semana, a Secretaria realizou operações em dois presídios da Região Metropolitana de Belo Horizonte em combate as drogas K.
Segundo a Secretaria de Justiça de Minas Gerais, na última quinta-feira (9), faleceu no Hospital de Pronto Socorro, em Ribeirão das Neves, o detento José Batista Leite, 69 anos. Policiais penais, após serem acionados por colegas de cela do custodiado, ao chegarem no local já o encontraram imóvel e sem respiração. Ele era detento do Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A equipe de policiais iniciou os procedimentos de reanimação e, em seguida, o encaminhou para o hospital e, apesar do pronto atendimento o detento foi a óbito. “Vale ressaltar que o custodiado era portador de hipertensão arterial sistémica e doença renal crônica; além disso, fazia hemodiálise três vezes por semana.
A direção do presídio instaurou um Procedimento Interno para apurar administrativamente as circunstâncias do ocorrido. Ao Instituto Médico-Legal caberão os exames que identificarão a causa da morte”, informou a Sejusp.
No Ceresp Betim, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi registrado o óbito do detento Robson da Silva Melo, de 33 anos. Policiais penais da unidade prisional, ao realizarem a contagem dos detentos na manhã dessa segunda-feira (13), perceberam que o detento não respondeu ao chamado.
Ao entrarem na cela, observaram que ele estava sem os sinais os vitais. O Samu foi acionado e os profissionais constataram o óbito. “A ocorrência será apurada administrativamente pela direção do Ceresp Betim. As investigações criminais são de responsabilidade da Polícia Civil”, diz a nota oficial enviada pela Secretaria de Justiça.
A Sejusp disse que não é possível afirmar que os óbitos tenham qualquer relação com o uso de droga da família K. Entre dezembro de 2023 e março deste ano, seis presos morreram no presídio Antônio Dutra Ladeira. Há a suspeita de que a causa da morte tenha sido por overdose de drogas K.