Segundo vazamento da Anglo despejou 174 toneladas de minério em ribeirão, diz empresa
No primeiro incidente, outras 300 toneladas vazaram do Minas-Rio
As atividades operacionais da Anglo American estão paralisadas desde ontem, 29 de março, quando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendeu a autorização da empresa para operar o mineroduto. O duto permanecerá parado por pelo menos um mês, estima a companhia.
Em coletiva de imprensa neste sábado, o presidente da empresa, Ruben Fernandes, disse que nesse período a Anglo fará testes de segurança no mineroduto do Minas-Rio, que percorre 529 quilômetros entre Conceição do Mato Dentro e o porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro.
Na noite de terça-feira (27), a Anglo American havia retomado a operação do equipamento desde o primeiro vazamento de minério, ocorrido em 12 de março. Ontem (29), no entanto, foi registrado um novo vazamento de minério em ponto 400 metros à frente do anterior, na Estação de Bombas 2, em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata. A companhia cita que o vazamento durou entre cinco e oito minutos.
A falha foi detectada por uma equipe que fazia a inspeção em campo. Dessa vez, cerca de 174 toneladas de minério chegaram ao ribeirão Santo Antônio do Grama, segundo a companhia. No primeiro vazamento, há menos de um mês, foram despejadas 300 toneladas de minério no curso d’água.
“Os trabalhos de contenção e limpeza da calha do córrego estão sendo intensificados. Além disso, o fornecimento de água do município está garantido, uma vez que a água que abastece a cidade passou a ser captada no ribeirão Salgado por uma adutora construída pela empresa em parceria com a Copasa”, disse o presidente da companhia.
Com a operação paralisada, a empresa dará férias coletivas a parte dos empregados da operação, especialmente os da mina e da planta de beneficiamento, em Conceição do Mato Dentro.