Seleção brasileira e governo Lula: tudo a ver

O vexame me remete, inexoravelmente, à atuação governo federal, hoje “comandado” por um incompetente presidente imposto pelo sistema

Seleção brasileira e governo Lula: tudo a ver
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A humilhação imposta pela seleção da Argentina à seleção brasileira fez os apaixonados pelo futebol ficarem desencantados com o que os nossos representantes apresentaram em campo, resultando no justo placar de 4×1 no Monumental de Nuñez, na capital portenha.

O vexame me remete, inexoravelmente, à atuação governo federal, hoje “comandado” por um incompetente presidente imposto pelo sistema, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), equivalente ao Dorival Júnior, técnico brasileiro e seus jogadores pernas de pau, respectivamente equivalentes aos ministros dessa gestão petista. A diferença entre o o Dorival e o Lula é que, o primeiro tem caráter, personalidade, humildade em reconhecer erros, o que o segundo, definitivamente não tem.

Assim como a seleção corre o risco de não se classificar para a próxima Copa do Mundo, em 2026, também em 2026 o nosso país corre o risco de se tornar a decepção política, moral e financeira do planeta. O colapso se avizinha, com a Taxa Selic nos 14,25% ao ano, uma dos mais altas taxas básicas de juros do mundo.

Em fevereiro, a inflação oficial ficou em 1,37%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), maior resultado desde março de 2022, que atingiu 1,62%. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), em 12 meses, soma 5,06%, o que demonstra um ciclo de contração na política monetária. O Banco Central estima que a taxa de juros chegue a 15% até o final do ano. A estimativa da inflação para 2025 está acima do teto da meta perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional (Copom), cuja meta era de 3%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Definitivamente, caminhamos para horizontes nebulosos, com um ministro da Fazenda perdido diante da realidade estampada pelos vários segmentos produtivos do país, que anteveem o naufrágio da economia, com investidores não acreditando na atual política do governo. Para se ter uma ideia, a Lupo, empresa brasileira que produz meias, ao invés de instalar mais uma fábrica no Brasil, está construindo uma filial no Paraguai. A explicação da empresa: baixa carga tributária, menor custo de energia elétrica, alta oferta de mão, incentivos fiscais e a previsão de um tributo de apenas 1% sobre a fatura de exportação, suspensão de taxas e impostos alfandegários e isenção sobre remessas feitas ao exterior.

Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai, das 322 indústrias participantes do projeto maquila (a chamada Lei de Maquila prevê isenção de impostos para empresas estrangeiras que produzirem no país visando exportação), em vigor desde 2024, 223 delas são brasileiras, ou, 69% do total. Produzir meias no Paraguai é quase 28% mais barato que no Brasil, o que pode permitir à empresa competir com a forte concorrência dos países asiáticos, em especial a China. As importações brasileiras representam 20% do mercado  de meias. A fábrica paraguaia está prevista começar a operação em plena capacidade em meados de 2026. A unidade terá capacidade de produzir 20 milhões de pares de meia por ano.

Investidores estrangeiros retiraram o valor de R$ 24,2 bilhões da bolsa de valores brasileira (B3) em 2024, segundo dados da Elos Ayta, configurando a maior saída de recursos desde 2016, também no governo petista.

Uma das razões da saída de multinacionais do país é a vulnerabilidade econômica, que leva em conta o crescimento da economia, a inflação e a dívida pública e, segundo essa consultoria, entre os países emergentes, o Brasil estava na terceira pior posição, à frente apenas da África do Sul e da Argentina. Segundo o site Monitor Mercantil, em 2024, o Brasil registrou o fechamento de 854.150 empresas e, conforme o Sebrae, 50% das empresas fecham as portas nos primeiros cinco anos de existência. Mapa de Empresas do Governo Federal indicam que, em 2023, 2.153,840 empresas fecharam as portas no decorrer do ano, representando uma média de quatro empresas encerrando atividades a cada minuto. A alta taxa de fechamento indica uma dificuldade persistente em manter os negócios. A inflação e os juros altos impactam diretamente o poder de compra dos consumidores e o custo operacional das empresas.

O Instituto Teotônio Vilela listou 13 erros capitais que tornaram o governo Lula uma tragédia:

  • Endividamento recorde. A dívida pública cresceu quase R$ 2 trilhões desde o início do atual governo, chegando ao patamar de R$ 9.1 trilhões;
  • Disparate dos gastos. As despesas do governo crescem continuamente desde o início do governo;
  • Impostaço recorde. Nunca antes os brasileiros pagaram tantos impostos, R$ 304 bilhões a mais do que o apurado em 2023;
  • Inflação descontrolada. O IPCA de 2024 foi de 4,83% e no período os preços dos alimentos dispararam em 7,7%;
  • Juros nas alturas. As taxas de juros dispararam em decorrência da irresponsabilidade do governo do PT com as contas públicas;
  • Disparada do dólar. Impactando diretamente os preços internos e a inflação, penalizando os mais pobres;
  • Predação de estatais. Em 2024, as estatais acumularam um prejuízo de R$ 6,4 bilhões de prejuízo;
  • Estrangeiros em fuga. A baderna fiscal e as incertezas geradas pelo governo estão afugentando investidores;
  • Destruição ambiental. Sob Lula o Brasil registrou o maior número de queimadas desde 2010;
  • Vacinas no lixo. 58,7 milhões de doses foram atiradas ao lixo por vencimento de validade;
  • Recorde de mortes por dengue. Em apenas um ano, as mortes por dengue atingiram 6.022 brasileiros, superando o total de vítimas da doença nos últimos 8 anos;
  • Aliança com ditaduras. Demonstrando não ter compromisso com o regime democrático por meio de alianças com países como: Arábia Saudita, Cabo Verde, Catar, Cuba, China, Emirados Árabes, Etiópia, Guiné Bissau, Irã, República do Congo, Venezuela e Vietnã;
  • Campeão de viagens internacionais. Ao longo dos seus três mandatos, Lula passou 559 dias fora do país. O tempo gasto pelo petista nessas viagens iguala o período de todos os presidentes desde 1995.

Só não enxerga a proximidade do desastre econômico o usuário de viseira da grande manada vermelha.

Alírio de Oliveira é jornalista e escreve sobre política em DeFato Online.

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