Servidora da Prefeitura de Ouro Preto acusa esposa do procurador geral de agressões
Município afirma estar apurando o caso

Foi divulgado, nesta semana, um caso de assédio moral e agressão física contra uma servidora da assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Ouro Preto. Segundo a vítima, chamada Marina Mamede, a suspeita é mulher do procurador geral do município (PGM), Diogo Ribeiro dos Santos, que nega as agressões.
O caso teria acontecido na última segunda-feira (19) e foi divulgado nas redes sociais de Marina ontem (21). Ela disse ter ido à sala do PGM resolver problemas profissionais e, ao chegar no prédio, passou a ser insultada pela esposa de Diogo. Além disso, a suspeita teria a agredido fisicamente.
“Ela, aos gritos, me chamando de garota de programa, insinuando que eu estava atrás do marido dela e coisas do tipo. Tenho tudo gravado e, na gravação, seguida de insultos, eu questiono se em algum momento o desrespeitei e ele diz que não. Então, a esposa desse senhor que estava em pé e eu sentada, me agarra pelos cabelos e me joga direto em uma estante. Por uns segundos perdi os sentidos e acordei com ela me arrastando e me agredindo com tapas e socos enquanto eu estava no chão”, contou Marina.
Ainda de acordo com a vítima, desde o início da sua trajetória na Prefeitura Diogo se posicionou contra sua contratação. E a visita à sala dele era justamente para tratar sobre o impasse.
“Ele sempre foi contra minha contratação e sempre fez questão de demonstrar isso. E eu fui lá para esclarecer isso, porque estava atrapalhando meu trabalho. Ele alega que a esposa dele me viu entrar e foi até lá, mas ele ligou para ela avisando que eu ia lá. Durante a discussão, ele deixou claro, na frente de todos os procuradores que estavam lá, que eu não tinha competência e qualificação para ocupar o cargo, e por isso, foi contra minha contratação”, relatou Marina, que também afirma que a mulher teria ido até a Secretaria de Governo e agredido verbalmente o secretário.
Marina acrescenta que já realizou um exame de corpo de delito, um boletim de ocorrência e uma representação interna na Prefeitura de Ouro Preto. Ela postou alguns vídeos dos hematomas nas redes sociais, disponíveis logo abaixo. As imagens são fortes e podem causar gatilhos em algumas pessoas.
o estado em que me encontro no momento. pic.twitter.com/8vh5rmh4Zu
— Marina Mamede (@euMarinaMamede) June 20, 2023
Procurada pela reportagem da DeFato Online, a Prefeitura de Ouro Preto ressalta estar “apurando os fatos e ouvindo as partes envolvidas”. Após a apuração, diz o município, “serão tomadas as providências cabíveis”.
O outro lado
Envolvido no caso, Diogo Ribeiro nega os relatos de Marina. Segundo o procurador, sua esposa estava indo buscar a filha na escola e passou na PGM, próxima ao local. Naquele instante, diz ele, Marina Mamede entrou no prédio sem autorização.
“Não houve agressão. Quando minha esposa chegou eu estava conversando com os procuradores sobre dois processos. E essa moça entrou sem nenhuma autorização. Não tenho e nunca tive nenhum assunto profissional com ela. E ela nunca entrou ou tratou com ninguém na procuradoria”, afirma. A suspeita das agressões também foi procurada, mas não comentou sobre o assunto.