Sindicato dos enfermeiros defende piso salarial e anuncia paralisação na próxima terça-feira

Em agosto de 2022, a categoria conseguiu garantir o Piso Salarial por meio da Lei 14.434/22, que foi suspensa, em 4 de setembro ano passado pelo STF

Sindicato dos enfermeiros defende piso salarial e anuncia paralisação na próxima terça-feira
Foto: Divulgação

O Sindicato dos Enfermeiros de Minas Gerais (Seemg) anunciou que a categoria vai paralisar as atividades, em todo o país, na próxima terça-feira (14), com indicativo de estado de greve até 10 de março. A decisão foi feita após realização de uma Assembleia Virtual coordenada pelo Seemg na última terça-feira (7).

Anderson Rodrigues, presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Minas Gerais, explica que a paralisação da próxima terça-feira é nacional e está sendo chamada pela Federação Nacional dos Enfermeiros que busca, com esse movimento, unificar a enfermagem para garantir a efetivação do Piso Salarial, aos profissionais da categoria.

“Somo a base de sustentação do Sistema Único de Saúde (SUS), estamos em toda a rede hospitalar pública e privada, somos nós que estivemos e estamos na linha de frente de atendimento aos pacientes infectados pela Covid-19, dia e noite trabalhando em hospitais, em meio à insalubridade da profissão, e ainda não temos um piso salarial respeitado e justo. Por isso essa luta, que é nossa mas também da sociedade”, defende Anderson Rodrigues.

Sobre o piso

Em agosto de 2022, a categoria conseguiu garantir o Piso Salarial por meio da Lei 14.434/22, que foi suspensa, em 4 de setembro ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Sancionada pelo àquela época presidente Jair Bolsonaro, a Lei 14.434/2022 instituiu o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Para enfermeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.

“A nova lei viria trazer valorização a esses profissionais, que hoje recebem salários baixos diante do muito que fazem e da especificidade de sua profissão”, defendeu o Sindicato dos Enfermeiros de Minas Gerais.