Sirenes da Vale tocam e dividem opinião dos itabiranos; veja os vídeos
Nos bairros Gabiroba e Jardim dos Ipês, moradores destacam que os avisos tocaram em alto e bom som. Já no Bela Vista, houve reclamações que as sirenes estavam muito baixas
Na manhã dessa quinta-feira (4), conforme vinha sendo anunciado e divulgado pela Vale, as sirenes da barragens tocaram em Itabira. A ação foi apenas um teste, para avaliar o funcionamento dos equipamentos. Porém, a partir de agora, esses testes serão uma rotina. A cada mês, todo dia 4, por volta das 10h, o sistema de som passará a ser acionado.
Assim como aconteceu hoje, antes de cada alerta, a Vale emitirá um recado informando que se trata de um teste. A mensagem sonora tem a intenção de esclarecer a ação. Nessa quinta (4), primeiro dia de teste, as sirenes foram soadas com o som padrão que será usado em caso de um possível rompimento. A partir do mês que vem, serão usadas músicas clássicas, para que a população consiga separar o teste de uma situação de risco real.
Em comunicado enviado à imprensa, a Vale informou que a ação está prevista no Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM). O procedimento é preventivo, em cumprimento à legislação vigente. “As barragens da empresa passam por inspeções rotineiras de campo e são monitoradas permanentemente por uma série de instrumentos e pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG)”, cita o texto.
Dividindo opiniões
O volume do som emitido pelas sirenes dividiu a opinião dos itabiranos. A professora Conceição Vieira, residente no bairro Praia, comentou que as sirenes não tocaram alto o suficiente onde ela mora. “Não dá para garantir que, de madrugada, a gente vai ouvir. Uma amiga que mora mais embaixo no canal da Praia, próximo da saída da saída para Nova Era, disse que lá quase não deu para ouvir”.
Ainda assim, mesmo sabendo que o teste seria feito e preparada para prestar atenção, Conceição explicou que a filha, de 24 anos, se assustou. “Minha filha ficou com taquicardia, ela deu uma assustada. Mas, é importante a gente ficar atento porque é um perigo que nos ronda o tempo todo”, finalizou.
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No Bela Vista, o comerciante Waldecir da Silva também reclamou do volume do sinal sonoro. “Eu achei que o som foi meio baixo, em questão de alertar. Tem que ter um barulho mais alto. Às vezes, pode ter uma pessoa com um pouco mais de dificuldade para sair de casa ou então dormindo, e o som praticamente não dá pra ouvir. Não foi o suficiente pra gente aqui não”.
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Ele ainda comentou que o tipo de sonoridade escolhida para a sirene também não reflete uma situação de alarde. “As pessoas precisam sentir que é mesmo uma ação de urgência. Acho que a sirene foi um barulho que parece de música. Devia ser um som mas estrondoso, uma sirene que vai gerar essa sensação de perigo, que seja mais impactante”, reclamou.
Uma sensação compartilhada pelo técnico em elétrica Wesley Almeida. “Eu achei que foi um pouquinho baixo. Dependendo da pessoa que estiver dormindo vai ser bem difícil para acordar. Eu, por exemplo, se tivesse dormindo, não teria acordado não. Como aconteceu com minhas primas, que continuaram dormindo aqui enquanto a sirene tocava. Acho que podia ser mais alto, ia ajudar mais”.
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No bairro Jardim dos Ipês a sensação foi outra. A vendedora Ana Luiza estava saindo de casa quando as sirenes soaram. “Tocou tão alto que eu não conseguia ouvir o barulho do meu carro. Acho que foi o suficiente para deixar todo mundo em alerta. E mesmo sabendo que isso ia acontecer, eu fui pega de surpresa pela altura do som”, comentou.
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A mesma coisa aconteceu com o aposentado José Mário. Morador do bairro Gabiroba, ele estava trafegando pelo canal da Gabiroba no momento em que o alerta tocou. “Num primeiro momento me assustei porque eu estava muito perto de um dos alto-falantes. Mas, como o teste tocou umas três vezes, na segunda eu já estava na minha casa. Aí, o som não ficou tão ensurdecedor. Ainda assim, dava para ouvir claramente o som da sirene e as mensagens faladas também”. esclareceu.
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