Sonda desenvolvida pela UFMG pode ser usada para tratar Covid-19

Nova tecnologia ganhou prêmio e consegue extrair secreção de pulmões de forma mais eficiente e segura em comparação com os modelos tradicionais

Uma sonda desenvolvida pela UFMG recebeu o prêmio Patente do Ano, concedido pela Associação Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI), nesta quinta-feira (22). A tecnologia desenvolvida pelo Laboratório de Bioengenharia pode auxiliar no tratamento de doenças respiratórias como a Covid-19 e oferece vantagem em relação aos modelos tradicionais.

“Os profissionais enfrentavam um grande problema com as sondas tradicionais. Primeiro, eles não sabiam o quanto precisavam introduzi-la para alcançar uma posição correta na sucção da secreção. E, ao fazer isso, eles não tinham certeza sobre o pulmão em que ela havia entrado. Isso gerava um impasse, já que é preciso aspirar os pulmões várias vezes ao dia”, diz o professor do departamento de Engenharia Mecânica Claysson Vimieiro.

Diante dessa dificuldade, a ideia dos alunos foi criar uma sonda em formato “V”, que pode aspirar secreções de um dos pulmões ou de ambos. A tecnologia pode ajudar no tratamento de doenças como a Covid-19. ”

Quando criamos a tecnologia, o foco eram as várias doenças respiratórias, mas, em um contexto de pandemia, a aspiração eficiente pode tanto ajudar na cura dos pacientes, já que os pulmões estão entre os órgãos mais afetados pela doença, quanto na proteção dos profissionais da saúde, pois a técnica gera menos aerossóis, o que faz diminuir o risco de contaminação nos ambientes hospitalares”, diz Vimieiro.

A tecnologia foi desenvolvida pelo Laboratório de Bioengenharia (Labbio), do Departamento de Engenharia Mecânica da UFMG. Os outros inventores são o professor Claysson Bruno Santos Vimieiro e os então doutorandos Shirley Lima Campos e Daniel Neves Rocha.

Agora, o projeto busca por parcerias para que os aparelhos possam ser testados e desenvolvidos.

*Conteúdo O Tempo