Tarifaço de Donald Trump provoca forte queda nas bolsas do mundo inteiro

O terremoto financeiro chegou a Nova York, onde o Dow Jones teve um recuo de 2,2%. O S&P500, que reúne ações das 500 maiores empresas dos EUA, operou em queda de 2,5%

Tarifaço de Donald Trump provoca forte queda nas bolsas do mundo inteiro
Foto: Reprodução/CNN Brasil

As principais bolsas dos países asiáticos apresentaram uma forte queda nesta segunda-feira (7). O conturbado cenário acontece no primeiro dia útil após o anúncio do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump.

O índice futuro das bolsas norte-americanas também mostrou um percentual em baixa. A turbulência planetária foi provocada pelo pânico dos investidores, que se encontram temerosos com as consequências da taxação generalizada.

A bolsa de Tóquio caiu 6,1% e a de Xangai 7,1%. A de Taiwan teve um recuo de 9,6%, o mesmo percentual de Hong Kong. Já a da Coreia do Sul retrocedeu 4,5%.

O terremoto financeiro chegou a Nova York, onde o Dow Jones teve um recuo de 2,2%. O S&P500, que reúne ações das 500 maiores empresas dos EUA, operou em queda de 2,5%. O Nadasq, que representa empresas da área de tecnologia, se manteve em baixa de 3%.

Os principais pregões da Europa registraram acentuada queda:

– Frankfurt: 7,86%, que chegou a 10% no início dos trabalhos.
-Paris 6,19%
-Londres: 5,83%
Madri: 3,6%
Milão: 2,32%

O tarifaço de Trump entrou em vigor sábado (5). A taxação do Brasil foi confirmada para 10%, o menor índice da relação.

Bill Ackman, presidente do fundo Pershing Square Capital Management, alertou, ainda no sábado, para o alto risco da inciativa de Donald Trump.

“Ao impor tarifas massivas e desproporcionais a nossos amigos e inimigos do mesmo jeito e, assim, lançar uma guerra econômica global contra o mundo inteiro de uma vez, estamos no processo de destruir a confiança em nosso país como parceiro comercial, como um lugar de negócios, como um mercado para investir capital. Quando os mercados desabam, os novos investimentos cessam, os consumidores param de gastar dinheiro, e empresas não têm escolha a não ser cortar investimentos e demitir trabalhadores. O presidente tem a oportunidade, na segunda (7), de fazer uma pausa de 90 dias, negociar e resolver as tarifas assimétricas injustas. Senão, estaremos rumando para um inverno econômico nuclear autoimposto, e devemos começar a preparar para o pior” previu Ackman.

* Fonte: UOL