Técnico de futebol é condenado a mais de 100 anos por crime sexual contra crianças e adolescentes

O homem havia sido condenado a 65 anos de prisão, mas o Ministério Público solicitou aumento da pena

Técnico de futebol é condenado a mais de 100 anos por crime sexual contra crianças e adolescentes
(Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil/Arquivo)

Um técnico de futebol foi condenado a 108 anos, dois meses e 26 dias de reclusão em regime fechado por crimes sexuais contra oito crianças e adolescentes em Estiva, município que pertence a comarca de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais. Inicialmente, o homem havia sido condenado a 65 anos, mas o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recorreu da sentença e pediu aumento da pena.

No entendimento dos promotores de Justiça Fábio Martinolli Monteiro, que apresentou a denúncia, e Cláudia Lopes Silva Scioli, que fez o recurso de apelação, o réu, na primeira sentença, deveria ter sido condenado também por produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfico, envolvendo criança ou adolescente.

Na denúncia, o MPMG destaca que “por atuar como técnico de futebol, o condenado prometia às vítimas que as transformaria em jogadores profissionais desde que se despissem, permitindo os registros de imagens e a prática dos demais atos, advertindo-as, ainda, que, caso falassem sobre o ocorrido, não poderiam mais praticar o esporte”.

Os argumentos foram aceitos pela 1ª Câmara Criminal do TJMG que aumentou a pena anteriormente aplicada.

Crimes tiveram início em 2018

Conforme denúncia apresentada pela 7ª Promotoria de Justiça de Pouso Alegre, no dia 8 de setembro de 2022, o técnico de futebol produziu, filmou, fotografou e registrou cenas pornográficas envolvendo crianças e adolescentes com idades entre oito e 14 anos. De acordo com o Inquérito Policial os crimes foram cometidos entre outubro de 2018 e entre os anos de 2020 e 2022. Ao todo, o réu teria produzido, filmado, fotografado e registrado cenas pornográficas por 28 vezes.

De acordo com a denúncia, o homem praticou ato libidinoso, pois foram imputados crimes de estupro de vulnerável contra três vítimas, todas menores de 14 anos.

Além de possuir e armazenar conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, o técnico de futebol transmitiu e disponibilizou, por meio de aplicativo de mensagens, conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.