Tia Neném e Larissa Quintão: duas gerações unidas pelo esporte

As duas falam do amor pela corrida

Tia Neném e Larissa Quintão: duas gerações unidas pelo esporte
Foto: Arquivos pessoais
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Sabe-se o quanto as mulheres já enfrentam barreiras para se posicionarem no esporte. E apesar do cenário estar mudando, elas ainda precisam provar que são capazes de feitos grandiosos. Em Itabira, duas atletas de gerações diferentes se destacam na corrida de rua e provam a garra e determinação das mulheres.

Alice de Oliveira Silva, de 76 anos, mais conhecida como Tia Neném, começou a correr profissionalmente aos 45 anos e não parou mais. O médico dela disse que deveria correr para ter uma vida mais saudável. Foi então que ela seguiu os conselhos e começou a praticar o esporte. Ela faz parte da equipe Speedy Fox e treina duas vezes por semana, durante duas horas por dia.

Quando as primeiras competições da modalidade surgiram em Itabira, Tia Neném começou a participar de todas. Daí, veio uma série de vitórias e muitas premiações. “. Todas as corridas são emocionantes, mas a de São Silvestre e a da Garoto são especiais. Tenho 380 medalhas de corrida e 70 troféus. Conduzi a tocha olímpica que mantenho guardada comigo. Participo de passeio ciclístico, amo viajar e participar de corridas em outras cidades”, conta.

Tia neném em uma de suas competições. Foto: arquivo pessoal

Mensagem

O maior objetivo de Tia Neném como atleta é manter a saúde e se relacionar com pessoas. Nunca pensou em desistir. “A pandemia foi o momento mais difícil que vivi como atleta. Parei de treinar mas participei de algumas corridas on-line”, disse. E para aquelas mulheres que acham que não podem fazer mais nada, tia neném deixa uma mensagem.

“Quero parabenizar todas as mulheres de Itabira, do Brasil e do mundo. Que todas sejam felizes e realizadas em suas vidas. E acreditem nos seus sonhos. Nunca é tarde para conquistar algo na vida. Não desistam. Não tem época para começar. Vão devagar com caminhadas. Depois comecem devagar com as corridas. Correr ajuda no equilíbrio emocional “, afirma.

Desde cedo

Por outro lado, temos Larissa Marcelle Moreira Quintão, 34 anos, uma jovem que está no esporte desde os cinco anos de idade. Começou cedo e sempre participou de competições. Mas, foi em 2010 que virou atleta profissional na corrida de rua. Ela treina todos os dias, pela manhã, nas ruas de Itabira. Seu treino semanal dá em torno de 100 km e tem dias que ainda vai para a academia. Além dessa rotina puxada, todas as tardes, Larissa dá aulas na rede municipal.

Ela conta das suas inúmeras corridas que participou no Brasil e no exterior. ” Já corri em vários lugares do Brasil, na Argentina, na Alemanha e até na China. Então, falar de uma corrida inesquecível é difícil. Mas tem uma, mais recente, que tem um lugar especial. Foi o meu segundo lugar na Volta Internacional da Pampulha. É uma corrida que gosto muito e é especial. É considerada a queridinha dos mineiros”, relata Larissa Quintão.

Larissa conquistando mais um troféu. Foto: arquivo pessoal

Incentivo

Larissa conta como a vida de atleta é difícil e prazerosa ao mesmo tempo. “Momentos difíceis todo atleta tem. Aquele momento que a gente treina tanto e não tem o resultado esperado. Às vezes, vem alguma lesão, a gente tem que ficar parado e voltar é muito difícil. Mas a gente não desisti. Daí, a gente lembra de tudo que já passou e tem aquelas pessoas que te apoiam, que torcem por você. Assim  vencemos aquele obstáculo e continuamos firmes”.

As duas atletas dizem a importância do esporte para a vida e Larissa deixa também uma mensagem para aquelas mulheres que querem começar a praticar o esporte.

“A competição não é o mais importante. O mais importante é que correndo você  melhora sua qualidade de vida; você passa a ter uma vida mais saudável; tem mais disposição para tudo; ganha novas amizades, ganha uma nova família. Então, comecem a correr! Façam atividade física porque isso é uma coisa que você leva pra vida. Às vezes, no início não é fácil. Vai ter dias que a gente pensa em desistir, que acorda e te dá aquele desânimo, mas saí. Levanta da cama, sacode a poeira e vai”.

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