Todos gostariam de ter um Hulk no time
Nível de entrega e bola jogada pelo atacante a essa altura da carreira impressionam
O Atlético vive uma realidade diferente da qual se acostumou nos últimos anos. Em 2025, nada de reforços badalados e promessas de grandes títulos. A conta da recente gastança viabilizada por seus mecenas chegou. Mas uma coisa segue inalterável: o poder de decisão de Hulk.
No último sábado (1º), a primeira vitória da temporada veio graças a um gol dele, em ótima jogada combinada com Scarpa e Guilherme Arana, as outras duas referências técnicas do time.
Um gol que, pela sua construção, só poderia ser feito por alguém do nível do paraibano. Nível, aliás, até desconhecido por boa parte dos brasileiros enquanto Hulk construía sua carreira em centros alternativos, longe da elite europeia.
Só a partir de 2021 pudemos ter a real dimensão da bola jogada por esse cidadão. Ele marca, dribla, arranca, dá assistências, briga e se entrega tal qual um jovem das categorias de base em busca do seu lugar no time. Mesmo seu principal defeito, as exageradas reclamações contra a arbitragem, demonstra a vontade de um jogador vitorioso ao extremo em viver o jogo.
Eu não sei se o Atlético tinha total noção desse perfil ao contratá-lo ou apenas decidiu apostar em uma grife. Fato é que ganhou um jogador capaz de conseguir algo para poucos: se tornar ídolo incontestável de um clube enquanto ainda veste sua camisa.
Sorte do Galo. Azar das outras torcidas.
Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.
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