“A torcida tem toda razão”, diz Cuca sobre gritos de ‘time sem vergonha’ após empate do Atlético
Com o resultado, a equipe terá que disputar os playoffs da Copa Sul-Americana

Em mais uma atuação ruim na Sul-Americana, o Atlético encerrou a participação na fase de grupos da competição com um empate em 1 a 1 contra o Cienciano, do Peru. O Galo, que precisava vencer para se classificar em primeiro e avançar direto às oitavas, conquistou apenas um ponto na Arena MRV e terminou em segundo lugar no Grupo H. Agora, a equipe terá que disputar os playoffs da Copa Sul-Americana.
O Atlético criou algumas chances no primeiro tempo e Rony chegou a marcar duas vezes, mas nas duas ocacisões foi assinalado impedimento. Passados os quarenta minutos de jogo, o Galo balançou as redes da Arena MRV com gol de Lyano, após cobrança de escanteio de Hulk, o que poderia dar tranquilidade ao time.
No entanto, poucos minutos depois, o Atlético cedeu um pênalti ao Cienciano, que não desperdiçou a chance e empatou a partida. Na segunda etapa, o Galo seguiu mostrando e evidenciando a falta de criatividade e movimentações inteligentes dentro de campo, e pouco incomodou a meta do adversário.
Ao fim do jogo, parte da torcida atleticana protestou contra a equipe. Foi possível ouvir gritos de “vergonha, time sem vergonha”, e “vai tomar no c*” vindos da arquibancada. Para Cuca, as críticas são normais devido ao resultado instatisfatório. “Eu vejo a torcida triste, machucada, eu vejo a torcida do Atlético assim, eu sinto isso. Para mim dói mais do que qualquer um. Mas não adianta a minha dor, eu tenho que fazer o time jogar. É isso que eles querem de mim, e em um tempo não conseguimos. A torcida tem toda razão no que ela falar hoje. (…) Se eu fosse torcedor faria a mesma coisa”, disse o técnico do Atlético.
Assumiu a culpa
Na coletiva pós-jogo, o técnico Cuca reconheceu que tem boa parcela de responsabilidade pela atuação, mas ressaltou também que os jogadores não corresponderam às expectativas. “Sim, claro que assumo. Mas você faz um primeiro tempo bom, bem jogado, no segundo tempo não faz bem. As mexidas são boas quando o jogador entra bem, quando entra mal são ruins. E hoje a grande maioria entrou mal. Não é má vontade, mas entraram mal. Se entram bem e dão outra dinâmica para o jogo, reacende a equipe”, avaliou.