Três trechos de rodovias mais mortais do Brasil estão em Minas

Em Minas Gerais, foram registrados 8.814 acidentes nas rodovias federais, com um total de 712 óbitos

Três trechos de rodovias mais mortais do Brasil estão em Minas
Foto: Divulgação/PRF

Rodovias mineiras estão entre as mais temidas para os viajantes: a BR-381 (Fernão Dias), em Contagem, na Grande BH, está entre as mais perigosas do Brasil segundo acidentes, enquanto a BR-040, em Nova Lima, e a BR-116, em Manhuaçu, estão entre as mais mortais do país. As informações são parte dos dados referentes a novembro de 2022 e outubro de 2023 da publicação Viagem Segura – Guia CNT de Segurança nas Rodovias 2024, a segunda edição do trabalho feito pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), lançado nessa quarta-feira (13).

Segundo o guia, a BR-101 foi a rodovia nacional que registrou mais acidentes, no período de 12 meses, com 11.337 ocorrências (17,0% do total), enquanto a BR-116 foi a rodovia que registrou mais mortes, com 752 casos no período (13,6% do total).

Pelo trabalho que detalha as condições mais críticas da malha rodoviária em relação à segurança no trânsito, a BR-381 no trecho da Cidade Industrial, em Contagem, na Grande BH, é o sexto com mais acidentes em um segmento de 10 quilômetros. Foram 293 registros que resultaram em nove pessoas mortas entre o KM480 e o KM490. O primeiro da lista é a BR-101, em Santa Catarina, com 529 acidentes e 16 mortes.

Já a BR-040, em Nova Lima, também na Grande BH, é o nono trecho de 10 quilômetros que mais matou, com 40 acidentes produzindo 10 mortes, entre o KM 560 e o KM 570, na altura da Lagoa dos Ingleses.

O décimo mais mortal são os 10 mil metros entre o KM 580 e KM 590 da BR-116, no distrito de São Pedro do Avaí, em Manhuaçu, na Zona da Mata Mineira. Foram 29 acidentes e dez óbitos. Mais uma vez, a BR-101, em Santa Catarina, lidera o ranqueamento brutal, com 529 acidentes e 16 mortos no trecho mais mortífero do Brasil.

Maiores ocorrências

Em Minas Gerais, foram registrados 8.814 acidentes nas rodovias federais, com um total de 712 óbitos – ou seja, 8 mortes a cada 100 acidentes. Ao todo, 11.457 pessoas ficaram feridas (leve ou gravemente) nos acidentes ocorridos.

A BR-101 aparece quatro vezes, com dois trechos nos estados de Santa Catarina e dois em Pernambuco; a BR-116 também é listada quatro vezes, com dois trechos em São Paulo, um no Rio de Janeiro e um em Minas Gerais. Além das duas, as outras rodovias que estão no ranking são a BR-381 com um trecho em São Paulo e a BR-040 com trecho em Minas Gerais.

Em Minas Gerais a colisão é o tipo mais recorrente de acidente, com um total de 4.625 (52,5%), ocasionando 435 (61,1%) mortes. Em seguida vêm a saída de pista, com 1.814 (20,6%) ocorrências e 98 vítimas, e os capotamentos ou tombamentos, que juntos somaram 1.253 (14,2%) acidentes e 62 (8,7%) óbitos.

Ausência de reação do condutor é a causa mais recorrente em Minas Gerais, com um total de 1.315 acidentes (14,9% do total). Velocidade Incompatível é a causa de mortes em acidentes mais recorrentes, com um total de 103 ocorrências (14,5% do total).

No estado, 78,7% da extensão das rodovias apresentam algum tipo de problema, sendo 70,6% da extensão no pavimento, 75,3% de sinalização e 80,5% têm deficiência na geometria da via. Ao todo a malha pesquisada soma 403 pontos críticos.

Os piores trechos mineiros são a BR-352, entre Abaeté e Pará de Minas, com 133 km pesquisados e mais de 100 km e até 250 km em estado considerado ruim. Em seguida, a BR-367 (Jacinto a Araçuaí), com 214 km investigados e mais de 100 km e até 250 km sendo ruins. A terceira pior foi a MG-381, de Mantena a Galiléia, que dos 109 km pesquisados, mais de 100 km e até 250 km foram considerados ruins

*Com informações do Estado de Minas