“Terrorismo de barragens”: atingidos relatam medo e desinformação nas obras da Vale no Sistema Pontal, em Itabira

Em abril de 2024, a Vale anunciou que em breve, irá iniciar a construção da segunda Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ2) – projeto que faz parte das obras de descaracterização dos diques Minervino e Cordão Nova Vista, que compõem o Sistema Pontal. Para esta obra ser realizada, mais 17 famílias – que já estão […]

Em abril de 2024, a Vale anunciou que em breve, irá iniciar a construção da segunda Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ2) – projeto que faz parte das obras de descaracterização dos diques Minervino e Cordão Nova Vista, que compõem o Sistema Pontal. Para esta obra ser realizada, mais 17 famílias – que já estão em processo de negociação com a mineradora – serão removidas da região.

Popularmente chamado de “mega-muro”, essa estrutura será construída dentro da área da Vale, terá 330 metros de extensão e será composta por diversas estacas metálicas tubulares, com no máximo seis metros de altura externa – além de vários metros de perfuração interna ao solo. De forma resumida, essa estrutura servirá para conter todo o rejeito e reduzir danos ambientais e materiais, caso haja eventual rompimento dos diques.

Inicialmente, a obra previa quase 2km de extensão do “mega muro”, mas agora, o projeto foi alterado, sendo reduzido para apenas 330 metros – sem que a Vale apresentasse à população, os estudos necessários para as alterações.

A Vale não detalhou por onde a mega-estrutura será construída, se limitando apenas a dizer que o muro será levantado em “região específica do bairro Bela Vista”. Além disso, não informou aos moradores um plano para mitigar os impactos sociais, psicossociais e de segurança pública às centenas de pessoas que ficarão na comunidade e se tornarão vizinhas à estrutura de concreto e aço. A população atingida também reclama que os canais de comunicação da Vale são ineficazes e pouco esclarecedores.

Em função destas e de várias outras reclamações, os moradores acumulam dúvidas sem esclarecimento, e seguem vivendo entre a incerteza e a insegurança. A população atingida também reclama que os canais de comunicação da Vale são ineficazes e pouco esclarecedores.

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