Unifei recebe de volta metade do que foi contingenciado pelo governo federal
Mais de 10 milhões foram cortados da universidade em maio deste ano; pouco mais de 5 milhões foram desbloqueados pelo MEC em setembro
A Universidade Federal de Itajubá (Unifei), que possui campus em Itabira, recebeu de volta R$ 5.027.438,00 dos recursos que foram bloqueados pelo contingenciamento feito pelo Governo Federal, em maio deste ano. O valor corresponde a metade do que foi perdido pela universidade: R$ 10.054.876,00.
O Ministério da Educação (MEC) liberou recentemente R$ 1,156 bilhão para universidades e instituições federais que tiveram recursos bloqueados. Para a Unifei, o dinheiro foi repassado no dia 30 de setembro.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da universidade, restam bloqueadas a segunda parte dos recursos de custeio, que corresponde a 15% do montante, e o bloqueio de capital, na casa dos 30%.
MEC
As verbas anunciadas para universidades fazem parte de um total de R$ 1,990 bilhão do orçamento do Ministério da Educação que estava bloqueado.
Além das universidades e institutos federais, serão desbloqueados R$ 270 milhões para Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), R$ 105 milhões para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e R$ 290 milhões para o Programa Nacional dos Livros Didáticos.
As universidades têm ainda 15% da verba discricionária – usada, por exemplo, para pagamento de gastos com empresas de segurança, alimentação ou gastos com energia – bloqueadas. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que uma nova parcela da verba contingenciada deve ser paga às instituições em outubro, mas não garantiu a liberação total dos valores congelados.
Reflexos
Na Unifei, o contingenciamento de verbas afetou diretamente as produções acadêmicas. Bolsas oferecidas aos alunos chegaram a ser canceladas e mais de 150 laboratórios ficaram sem manutenção. A falta de recursos ainda comprometeu a permanência de alunos de doutorado na instituição.
Outras áreas também foram afetadas com o orçamento reduzido. Reformas e ampliações que estavam em andamento na universidade foram suspensas. Além disso, desde maio, a instituição promove racionamento de energia e água.