Usinas fotovoltaicas e a energia infinita produzida pelo sol

Painéis absorvem a luz do sol para gerar energia elétrica

Usinas fotovoltaicas e a energia infinita produzida pelo sol

Quando foi reinaugurado em 2013, o Estádio Governador Magalhães Pinto, o popular Mineirão, em Belo Horizonte, apresentou uma novidade bem além das quatro linhas. O Gigante da Pampulha serviu de experiência para um projeto inovador em Minas Gerais, com a instalação de uma Usina Solar Fotovoltaica (USF) nas marquises do estádio. Em 2014, a Cemig anunciava que em dois meses a energia produzida no Mineirão já era o suficiente para abastecer 1,2 mil casas na capital.

A energia fotovoltaica é assunto relativamente novo no Brasil. Durante algum tempo, o assunto ficou restrito a pesquisas no meio acadêmico, mas agora tem despertado a atenção tanto de proprietários de imóveis residenciais quanto de empresários. A utilização da força do sol também é recomendada para a agroindústria, setor que inclusive recebe linhas de crédito em instituições bancárias para desenvolver o sistema.

Mas, afinal, como se gera a energia fotovoltaica? O sistema começa com a implantação de painéis na área em que se pretende absorver a luz do sol. Cada placa possui células fotovoltaicas que produzem corrente elétrica e a despeja diretamente na rede de distribuição. Não é necessário nenhum tipo de bateria ou outro receptor qualquer, o que é uma grande vantagem do sistema, já que toda energia produzida é usada diretamente pelo consumidor, abatendo o valor imediatamente na conta de luz. Esse sistema permite que a energia excedente gerada pela unidade consumidora com micro ou minigeração seja injetada na rede da distribuidora, a qual funcionará como uma bateria, armazenando esse excedente.               


Usina Solar Fotovoltaica é novidade no Mineirão pós-reformado                                                                                              Foto: Divulgação

Caminhando

País tropical famoso em todo planeta pelas fortes temperaturas, o Brasil é um privilegiado quando o assunto é incidência solar. Apesar disso, o país não se aproveita dessa posição destaque. A título de comparação, a Alemanha, que melhor utiliza a energia fotovoltaica no mundo, em sua região mais ensolarada tem 30% a menos de irradiação solar que o Brasil em sua região menos ensolarada. Ainda assim, o país europeu tem produção média de 25 gigawatts/hora, enquanto o Brasil gera 0,03 gigawatts/hora.

E uma ótima notícia para os mineiros é que o estado tem favorável incidência da radiação solar em seu território, considerado superior ao que era imaginado, segundo estudos recentes da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Minas Gerais ainda é um dos estados brasileiros com a maior tarifa energética e tem incentivos governamentais referentes à isenção de ICMS sobre a energia injetada e o IPTU Verde. Por tudo isso, o mercado de energia solar avança em território mineiro e o estado já é o primeiro colocado em número de instalações.

Bhitsol

“A geração distribuída é uma tendência mundial, um caminho sem volta. As empresas que compreenderem isso e estiverem preparadas, certamente sairão na frente”. A afirmação é do empresário Thiago Barcelos, proprietário da Bhitsol Energia Alternativa, empresa do setor de energia fotovoltaica que tem áreas de vendas distribuídas em várias cidades e regiões de Minas Gerais.  

A Bhitsol converte luz do sol em energia elétrica. A empresa possui profissionais com experiência em projetos, distribuídos em mercados estratégicos, comerciais e residenciais. O foco é a promoção da eficiência de conversão dos produtos, sempre em busca das novas tecnologias, com preocupação em melhorar as técnicas de fabricação dos fornecedores e oferecer produtos fotovoltaicos de alta qualidade, alta confiabilidade e baixo custo para clientes.

Um dos grandes benefícios da energia fotovoltaica é o custo-benefício, que pode ser facilmente percebido no investimento inicial do cliente. Em média, o consumidor tem que fazer uma aquisição equivalente a quatro anos de pagamentos para a concessionária, sem levar em consideração os aumentos anuais. Depois disso, até o fim dos 30 anos de vida útil do equipamento, tudo é ganho, já que o cliente passa a usar a energia fotovoltaica e dispensa a pesada conta de energia elétrica.

A precificação de cada instalação leva em consideração características específicas, como irradiação solar da região, inclinação dos painéis, sombreamento, poluição da região e, principalmente, do tamanho e da complexidade da instalação. A partir do pedido de orçamento, que pode ser feito pelo site da empresa (www.bhitsol.com.br), a Bhitsol entra em contato com o cliente em até 24 horas para informar sobre os preços.

Agronegócio

Um dos setores que mais pode se aproveitar da energia fotovoltaica é o do agronegócio. A força do sol pode beneficiar propriedades rurais que dependam de instalações elétricas para captação de água em poços, por exemplo, ou que necessitem de bombeamento para irrigação. Atividades de agropecuária, cooperativas de eletrificação rural, agroindústrias, serviços públicos de irrigação e escolas agrotécnicas e aquicultura são outros bons exemplos que podem se beneficiar da energia fotovoltaica.

As vantagens são tantas que instituições financeiras até oferecem linhas específicas de créditos para o setor rural. Um deles é o BB Agro, do Banco do Brasil, que concede auxílio financeiro, com condições diferenciadas, às empresas de agronegócio que buscam diversificar o negócio e atualizá-los. E o futuro tem nome: energia fotovoltaica.

Energia fotovoltaica ou aquecimento solar?

Considerada por especialistas uma das opções mais sustentáveis e promissoras, uma vez que faz uso de um recurso natural e infinito, a energia fotovoltaica é muitas vezes confundida com o também eficiente aquecimento solar. A diferença está em seu funcionamento: enquanto a fotovoltaica transforma a luz do sol em eletricidade com corrente contínua, a energia solar térmica transforma a radiação em calor, é aplicada em sistemas hidráulicos e os equipamentos são chamados coletores solares e não placas fotovoltaicas.