Vale explica linhas brancas em alteamento da barragem do Itabiruçu
A suspensão do alteamento da barragem do Itabiruçu, em Itabira, tem causado apreensão na comunidade vizinha. A obra foi paralisada no início da tarde de sábado (27), como uma medida de segurança preventiva. Algumas linhas brancas são observadas na estrutura. Sem entrar em detalhes, a Vale explica que estas são “marcações de cal para controle […]
A suspensão do alteamento da barragem do Itabiruçu, em Itabira, tem causado apreensão na comunidade vizinha. A obra foi paralisada no início da tarde de sábado (27), como uma medida de segurança preventiva. Algumas linhas brancas são observadas na estrutura. Sem entrar em detalhes, a Vale explica que estas são “marcações de cal para controle e monitoramento”.
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A barragem do Itabiruçu foi implantada em 1981 e tem capacidade para aglomerar até 222,8 milhões de m³ de rejeito de minério de ferro. A estrutura recebe as sobras do Complexo de Conceição e atualmente aglomera 130,7 milhões de m³ de rejeito.
A Vale realiza obras em Itabiruçu desde meados do ano passado. A crista da barragem está sendo elevada de 836 para 850 metros acima do nível do mar. A estrutura tem capacidade para aglomerar até 222,8 milhões de m³ de rejeito de minério de ferro.
Segundo a mineradora, a ação foi necessária depois que um projetista identificou “alterações decorrentes de assentamentos diferenciais no terreno”. A empresa acrescentou que esse efeito é “passível de acontecer durante esse tipo de obra”.
Ainda de acordo com a Vale, os órgãos competentes foram avisados e já vistoriaram a estrutura. A empresa afirmou que “estudos mais aprofundados estão sendo conduzidos e, em caso de necessidade, medidas corretivas serão tomadas”. Só após a conclusão destes é que será retomada a obra.
O coordenador-adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais, tenente-coronel Flávio Godinho, confirmou que o órgão foi avisado pela Vale sobre o problema detectado às 22h10 de sábado. Não houve acionamento de sirene de alerta.
Em nota, a Vale acrescenta que a paralisação das obras é preventiva e que não há qualquer alteração nos índices de segurança e estabilidade da barragem, construída pelo método a jusante – considerado o mais seguro.
“A Vale realiza o monitoramento integral da estrutura, que teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) renovada em 30 de março deste ano”, encerra a empresa.