Vale obtém licenças para expansão de Brucutu
A Vale conquistou nesta sexta-feira, 30 de novembro, as licenças de instalação (LI) e de operação (LO) para a expansão da Mina de Brucutu. A documentação foi votada pela Câmara de Atividades Minerárias (CMI), do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), e aprovada após pedido de vista em reunião anterior. O projeto, chamado de “Cava […]
A Vale conquistou nesta sexta-feira, 30 de novembro, as licenças de instalação (LI) e de operação (LO) para a expansão da Mina de Brucutu. A documentação foi votada pela Câmara de Atividades Minerárias (CMI), do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), e aprovada após pedido de vista em reunião anterior. O projeto, chamado de “Cava da Divisa”, avançará sentido Barão de Cocais e conferirá ao empreendimento mais 20 anos de exploração. A expectativa, segundo a Vale, é de que sejam gerados mais de 800 empregos durante a obra e quase 170 diretamente na empresa depois de tudo pronto.
O licenciamento protocolado pela Vale engloba 22 processos minerários registrados pela Agência Nacional de Mineração (AMM), sendo que 12 já possuem concessão de lavra, 9 se encontram em fase de requerimento de lavra e um já tem o relatório final de pesquisa em aprovação junto aos órgãos competentes. São 841 hectares de área, na divisa entre São Gonçalo do Rio Abaixo e Barão de Cocais.
As licenças têm validade de 10 anos, sendo seis anos para instalação. O projeto da Vale, porém, é de que a implantação da Cava da Divisa, incluindo realização das atividades de terraplanagem, obras civis, montagem eletromecânica e comissionamento, aconteça em 20 meses. De acordo com a mineradora, serão necessários 216 empregados para as obras de terraplanagem e outros 619 para obras civis e montagem eletromecânica.
O funcionamento da Cava da Divisa inclui lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento à seco de minério de ferro, uma Unidade de Tratamento de Minerais (UTM), pilha de rejeito/estéril e linha de transmissão de energia elétrica. Quando estiver em plena operação, o projeto elevará a produção atual de Brucutu em 15 milhões de toneladas por ano de minério, atingindo 72 MT/ano. A vida útil do empreendimento se estenderá, aproximadamente, até 2040.
Na fase de operação do projeto de expansão está prevista a contratação de 73 funcionários para as operações de beneficiamento do minério na nova UTM e 92 trabalhadores para as operações de lavra e disposição de estéril.
Sem barragem
Para o projeto de expansão da mina de Brucutu a Vale optou por um método que dispensa a construção de uma nova barragem. Isso porque o minério será processado a seco, por meio da UTM. O sistema será alimentado por meio de correias transportadoras que conduzirão o material extraído da britagem primária até a unidade de tratamento, bem como da UTM para o pátio de carregamento e/ou usina.
A Vale defende que a adoção desta forma de tratamento do minério representará um ganho ambiental para o processo. Da mesma forma, as Pilhas de Disposição de Rejeito (PDR) e Estéril (PDE), previstas no projeto, serão instaladas em área do próprio empreendimento, dentro do polígono requerido para expansão da cava, reduzindo a necessidade de impactar novas áreas para a disposição do material estéril gerado.
A estimativa da empresa é de que sejam produzidas até 440 milhões de toneladas de rejeito e estéril durante os 20 anos de operação da cava.