Vale reativa Brucutu neste fim de semana

A Vale anunciou que reativará a mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo, em sua capacidade plena entre esta sexta-feira, 21, e o sábado, 22. O prazo de 73 horas foi estabelecido na última quarta-feira (19), depois de uma decisão favorável à empresa mais uma vez conquistada pela prefeitura são-gonçalense, agora no Superior […]

Vale reativa Brucutu neste fim de semana
Mina de Brucutu

A Vale anunciou que reativará a mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo, em sua capacidade plena entre esta sexta-feira, 21, e o sábado, 22. O prazo de 73 horas foi estabelecido na última quarta-feira (19), depois de uma decisão favorável à empresa mais uma vez conquistada pela prefeitura são-gonçalense, agora no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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A Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo recorreu ao STJ para derrubar uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que impedia o uso da barragem de Laranjeiras, localizada em Barão de Cocais. Com a decisão favorável, a estrutura poderá voltar a ser utilizada, o que permite também o retorno do processo de tratamento a úmido na mina de Brucutu.

A prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo alegou, no pedido de suspensão, que a paralisação de qualquer estrutura vital para a continuidade das operações da Mina de Brucutu afeta diretamente o interesse público e a economia local. O município também argumentou que a Barragem Norte Laranjeiras possui recente Declaração de Estabilidade, o que afasta risco no seu funcionamento e, consequentemente, no da mina de Brucutu.

De acordo com a Vale, a reativação de Brucutu em sua capacidade plena garante um adicional produtivo de 30 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano. A empresa informou que mantém sua meta de venda entre 307 e 322 milhões de toneladas para 2019.

A barragem de Laranjeiras, pertencente ao complexo de Brucutu – Foto: Vale

Perspectivas

A paralisação de quase 90% das operações de Brucutu representava para a Vale algo em torno de 1/3 dos 90 milhões de toneladas de minério de ferro que a empresa calcula que deixará de produzir em 2019 por causa de consequências do desastre de Brumadinho, em 25 de janeiro. Vencida essa etapa, a mineradora agora volta os olhos para a reativação de outras barragens também impedidas de serem usadas.

Reportagem do jornal Valor Econômico mostra que a empresa confia que vá conseguir, em setembro, declarações de estabilidade para estruturas com questionamentos menos complexos, como as dos complexos de Fábrica e Timbopeba, ambas em Ouro Preto. A mina de Alegria, em Mariana, deverá retornar em um momento mais à frente. Esse conjunto garantiria a produção de outros 30 milhões de toneladas.

O último terço desse prejuízo é o mais complexo e dependeria do descomissionamento de barragens construídas pelo método a montante, semelhantes às que se romperam em Mariana e Brumadinho. A Vale já anunciou que investirá R$ 7,4 bilhões para a desativação de 9 estruturas, incluindo a Sul Superior, em Barão de Cocais.