Vale retoma obras de alteamento da barragem do Itabiruçu
As obras estavam suspensas desde o último sábado, 27 de julho
A Vale retomou nesta quinta-feira (1º) as obras do projeto de alteamento da barragem do Itabiruçu, em Itabira. As obras estavam suspensas desde o sábado, 27 de julho. Todos os trabalhadores foram retirados do local. Segundo a mineradora, a ação foi necessária depois que um projetista identificou “alterações decorrentes de assentamentos diferenciais no terreno”.
Trata-se de acomodação irregular do terreno à medida que o aterro vai sendo compactado. Em alguns pontos ele se acomoda mais do que outros, provocando irregularidade. Acomodações como essas são possíveis e até previstas em projeto mas, como medida preventiva, a Vale solicitou ao projetista nova avaliação técnica”, explicou a empresa.
Ainda de acordo com a Vale, serão realizadas, inicialmente, atividades complementares ao alteamento, como a construção de um aterro de impermeabilização do talude e da instalação dos filtros.
Paralelamente a essas intervenções complementares, a equipe técnica do projeto com estudos e análises mais aprofundadas sobre os assentamentos diferenciais identificados no terreno.
A mineradora destacou que a execução dessa obra não altera os índices de segurança e estabilidade da barragem do Itabiruçu, construída pelo método a jusante – considerado o mais seguro.
“A Vale realiza o monitoramento integral da estrutura, que teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) renovada em 30 de março deste ano”, encerra a empresa.
O vereador e presidente do Sindicato Metabase de Itabira, André Viana Madeira (Podemos), afirmou que irá acompanhar a auditoria interna das sete barragens que compõe o sistema Cauê. A auditoria será realizada após acordo assinado entre o Ministério Público de Minas Gerais e a Vale.
Entenda
A Vale realiza obras em Itabiruçu desde meados do ano passado. A crista da barragem está sendo elevada de 836 para 850 metros acima do nível do mar. A barragem do Itabiruçu foi implantada em 1981 e tem capacidade para aglomerar até 222,8 milhões de m³ de rejeito de minério de ferro. A estrutura recebe as sobras do Complexo de Conceição e atualmente aglomera 130,7 milhões de m³ de rejeito.