Vale testa sirenes em Barão de Cocais na próxima segunda-feira
Segundo a mineradora, procedimento é uma recomendação da empresa de auditoria contratada pelo Ministério Público de Minas Gerais
As sirenes da barragem Sul Superior, em Barão de Cocais, vão voltar a tocar na próxima segunda-feira (21), às 10h. Mas dessa vez apenas para testes da Vale. Segundo a mineradora, o objetivo da ação é verificar o funcionamento do sistema e garantir a segurança da população e dos trabalhadores.
Ainda de acordo com a empresa, serão acionados os dispositivos apenas nas zonas de autossalvamento (ZAS), que são aquelas áreas mais próximas à barragem e que estão evacuadas desde fevereiro deste ano. Para não confundir a população, durante o procedimento, ao invés do som real de uma sirene será tocada uma música clássica.
A Vale afirma que segue uma recomendação da empresa de auditoria contratada pelo Ministério Público ao realizar os testes em Barão de Cocais. Toda a ação levará seis minutos. Por não se tratar de um simulado, as pessoas que ouvirem as sirenes não precisarão se deslocar para os pontos de encontro ou paralisar suas atividades.
Histórico
Barão de Cocais vive situação de alerta desde 8 de fevereiro, quando as sirenes da barragem tocaram pela primeira vez e mais de 400 pessoas tiveram que deixar suas casas nas comunidades de Vila do Gongo, Piteiras, Socorro e Tabuleiro. Os alarmes voltaram a tocar em 22 de março. A estrutura subiu para o nível 3 de alerta de rompimento, que significa colapso iminente.
Moradores do município já participaram de dois simulados de evacuação. O primeiro em março, logo após a barragem subir ao nível 3. Depois em maio, quando surgiu a preocupação de desabamento de um talude na mina de Gongo Soco, que poderia afetar as estruturas da Sul Superior.
Desde abril, a Vale investe na construção de um muro próximo à barragem para conter os rejeitos em caso de uma ruptura. Além disso, a empresa faz uma obra de desvio, já na divisa com Santa Bárbara, para represar os materiais também em caso de a estrutura colapsar.