Visando combater a violência contra a mulher, Operação Shamar é lançada em Itabira

Durante a operação, serão realizadas diversas ações com ênfase em operações educativas de prevenção a violência doméstica

Visando combater a violência contra a mulher, Operação Shamar é lançada em Itabira
Foto: Guilherme Guerra/DeFato
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Na tarde desta terça-feira (1º), na praça Dr. Acrísio Alvarenga, em Itabira, foi lançada a Operação Shamar pela Polícia Militar em parceria com a Polícia Civil, Ministério Público e outros órgãos que compõem o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres. A operação faz parte do ‘Agosto Lilás’ e será realizada em toda Minas Gerais entre 1º de agosto a 14 de setembro, em comemoração aos 17 anos da criação da Lei Maria da Penha, elaborada para amparar as mulheres vítimas de violência, seja ela física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial.

Durante a operação, serão realizadas diversas ações conjuntas entre as forças de segurança do Estado de Minas Gerais e órgãos que atuam no combate a violência contra a mulher, com ênfase em operações educativas de prevenção a violência doméstica.

‘‘Nosso objetivo é conscientizar as vítimas de violência doméstica a denunciar qualquer tipo de ação violenta, seja ela física, psicológica, moral, patrimonial ou sexual’’, disse o Cabo Gustavo Santos. ‘‘Qualquer denúncia pode ser feita tanto pelo 190 quanto pelo 181. Lembrando que no 181 a denúncia pode ser feita de forma sigilosa. Não tenha medo de ligar e denunciar. Sua ação pode salvar muitas vidas’’, completa a Soldado Tallyta Oliveira.

Foto: Guilherme Guerra/DeFato

‘‘Conseguimos fazer um atendimento com atenção a esse problema, enfrentando essa questão de forma especializada. A gente lida com isso todo dia, temos ciência do tamanho do problema, conhecemos a região e os problemas específicos. Temos visto uma melhora e vai melhorar ainda mais’’, afirma o delegado titular da Delegacia da Mulher em Itabira, João Martins Teixeira. 

Foto: Guilherme Guerra/DeFato

Juliana Drummond, advogada, participante da OAB Mulher e da Comissão Estadual de Enfrentamento a Violência e Familiar da OAB Minas Gerais, frisou que muitas vezes as mulheres não se sentem pessoas que têm direitos, e quando consegue unir forças para pedir socorro e denunciar, acaba encontrando um sistema que a questiona coisas como: ‘‘Por que você estava com aquela roupa?’’ ou ‘‘Por que você está com ele, se ele te bate?’’.

”Não é tão simples, não é uma solução como 2+2 […] A violência tem ciclos, estágios e a mulher às vezes perde a auto estima, força e confiança em si mesma. A OAB está no Agosto Lilás para fortalecer os canais de denúncia e ser parceira no enfrentamento à violência, junto às entidades para criação de uma sociedade mais justa e igualitária’’, finaliza Juliana.