Febre amarela e recém-nascidos: como proteger seu bebê

Se a vacina só é indicada para criança com mais de 9 meses, qual a melhor maneira para evitar que os mosquitos cheguem aos pequenos?

Febre amarela e recém-nascidos: como proteger seu bebê
Mosquiteiro é a melhor forma de evitar que os mosquitos cheguem aos recém-nascidos

A febre amarela tem causado intensa preocupação em todo país por causa do número de casos e, especialmente, por causa das mortes registradas. Mais de 100 pessoas já perderam a vida no Brasil desde julho do ano passado em função da doença, mesmo com a vacinação sendo divulgada com frequência. Mas e no caso dos recém-nascidos, que não podem ser imunizados, como proceder para mantê-los fora do alcance dos mosquitos?

Especialistas de todo Brasil afirmam que a melhor forma é o uso de dispositivos de proteção, como os famosos mosquiteiros, aquele cortinado que encobre todo o berço do bebê. “Barreiras físicas, como telas e mosquiteiros, são medidas utilizadas para afastar insetos e evitar picadas de espécies muito diferentes, sejam moscas, mosquitos, abelha, etc. e suas possíveis consequências, como a transmissão de doenças e processos alérgicos e inflamatórios”, diz José Gabel, secretário do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Ele ressalta que o mosquiteiro é uma forma eficaz para proteger nenês com até 6 meses de idade. Isso porque, apesar do bebê estar vestido, a cabeça, face e mãos ficam desprotegidos e suscetíveis à picadas. “Por isso é importante estar atento e se utilizar de mosquiteiro sempre com segurança. Isto é, ele deve ser de material com tramas finas, capazes de boa ventilação e impedir a passagem do inseto, estar a uma altura suficiente para que a criança não possa alcançá-lo e não deve ficar dentro do berço, para evitar sufocamento/estrangulamento”, orienta Gabel. Além dos mosquiteiros, outras boas opções são aparelhos eletrônicos, luminosos e ultrassônicos.

Vale lembrar que a vacina contra a febre amarela só é indicada para crianças a partir dos 9 meses. Em casos emergenciais ou se a família vive em locais com alta incidência da doença, há a permissão para vacinação com 6 meses, mas isso deve ser estipulado por um pediatra que conheça bem o bebê.

Já os repelentes possuem uma idade limite de 6 meses. Hoje, porém, especialistas em saúde pública já admitem a aplicação do produto em bebês com 3 meses, mas também apenas em situações extremas. Mesmo assim, isso depende da base química do produto e, impreterivelmente, da orientação do médico da criança.

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