Polícia Civil deve ouvir criança que ficou desaparecida em Betim

Garoto de dois anos ficou desaparecido por mais de 24 horas em uma mata

Polícia Civil deve ouvir criança que ficou desaparecida em Betim
Pequeno Miguel ficou mais de um dia desaparecido em mata em Betim – Álbum de família

A Polícia Civil de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, deve ouvir nesta segunda-feira, 2 de abril, o menino Miguel Albino dos Santos de Jesus, de 2 anos, que ficou mais de um dia desaparecido em uma mata no bairro Parque Industrial. A expectativa é de que o garoto possa ajudar a esclarecer o que aconteceu com ele entre a manhã da última sexta-feira (30) e o sábado (31). Familiares também deverão prestar depoimentos.

Miguel teve alta do Hospital da Unimed nesse domingo, 1º de abril, onde ficou internado depois de ser encontrado na mata. Por se tratar de uma criança, o depoimento será colhido de maneira diferenciada. Agentes da polícia estão dando suporte aos pais para que eles compareçam à Delegacia. O delegado responsável aguarda ainda para os próximos dias o resultado dos exames pelos quais o garoto passou no Posto Médico Legal da cidade. O laudo está previsto para daqui 30 dias.

As investigações vão verificar se ocorreu algum crime durante o sumiço e como tudo aconteceu. Algumas testemunhas, incluindo os pais da criança e os homens que a encontraram na mata, foram ouvidas no sábado à noite.

Quando sumiu, Miguel estava com o pai, o pastor evangélico Albervan de Jesus, de 43 anos, e o irmão de 7. O local é frequentado por evangélicos para orações, onde estavam desde a quinta-feira à noite. O pai do menino contou que por volta das 11h de sexta foi buscar lenha para a fogueira da noite e deixou os dois filhos sozinhos. O mais novo desapareceu nesse intervalo. O sumiço mobilizou bombeiros, guardas municipais, familiares e voluntários que por dois dias vasculharam a mata nos arredores, enquanto a polícia investigava pistas que poderiam levar a um possível sequestro ou cárcere privado.

Os bombeiros já haviam declarado o encerramento das operações no sábado à tarde, afirmando que o menino não estava na região e que o assunto tinha se tornado caso de polícia. Os pais do garoto estavam na delegacia e uma equipe de policiais civis seguia para o local do desaparecimento, onde recolheria provas, quando o celular tocou avisando que Miguel fora encontrado.

O garoto foi achado perto de um poço por três rapazes que moram na vizinhança do local do desaparecimento. Ele estava chorando, deitado no chão, com as roupas sujas e sentindo muita sede. O tenente Jonas Braga Linke, do Batalhão de Emergências Ambientais e Respostas a Desastres (Bemad) dos Bombeiros, disse que as buscas foram minuciosas, incluindo áreas improváveis de uma criança de 2 anos conseguir chegar. “Durante esse tempo, o menino não esteve nesse lugar”, afirmou na ocasião, categoricamente.

Com informações do Estado de Minas