Estudantes da Unifei-Itabira produzem animação sobre segurança no trabalho

Baseado em um livro de charges que também foi produzido por discentes e orientado pelo professor, o curta conta, de forma bem-humorada, a história do personagem Jobson, viciado em seu trabalho e portador da Síndrome de Burnout

A segurança no trabalho é um tema recorrente quando se trata de Ergonomia. Pensando nisso, o professor de Engenharia de Saúde e Segurança da Unifei-Itabira, Raoni Rocha, juntamente a outros 10 alunos do curso, desenvolveu uma animação (Canal Ergonomia da Atividade) no intuito de conscientizar os profissionais sobre a importância de se discutir o tema.

“É difícil manter um diálogo com o gestor sobre os riscos que envolvem o trabalho, pois o raciocínio dele é baseado apenas no resultado. A não ser que você utilize outros meios, como uma animação. A partir do momento que ele assiste aquelas cenas, você coloca o dedo na ferida, pois o gestor sabe que aquilo que ele está vendo é exatamente o que ocorre em sua empresa”, esclarece Raoni.

Baseado em um livro de charges que também foi produzido por discentes e orientado pelo professor, o curta conta, de forma bem-humorada, a história do personagem Jobson, viciado em seu trabalho e portador da Síndrome de Burnout, caracterizada por ser o ponto máximo do estresse profissional.

Quando se vê impossibilitado de trabalhar por conta da greve dos caminhoneiros, Jobson simplesmente passa a morar dentro da sua empresa e, durante uma semana, pensa sobre algumas situações de risco que já ocorreram com ele e seus colegas de profissão. As lembranças são divididas por episódios e remetem a charges presentes no livro.

O estudante Gustavo Dantas fez parte da equipe que produziu a animação e afirma que o pensamento de Jobson, ao menosprezar as regras de segurança, é o reflexo de vários trabalhadores. “A ideia é tocar naquelas pessoas que desprezam normas de segurança, que dizem não ser necessário usar EPI’S (equipamento de proteção individual), e existe muita gente assim. Por outro lado, algumas empresas realmente criam regras inúteis que não condizem com a realidade, desestimulando alguns profissionais de segui-las”, conta.

Raoni destaca que, além de atingir o colaborador, um dos objetivos do projeto também é fazer com que o gestor entenda as questões físicas e mentais que podem influenciar o trabalhador durante sua atividade profissional. O docente também diz que algumas pessoas já se identificaram com o material: “Já temos funcionários de empresas da região que assistiram a animação e se identificaram com as situações descritas. Então, antes de tudo, essa é uma ferramenta de reflexão e diálogo com os gestores.”

Por fim, Gustavo acredita que essa é uma excelente oportunidade para difundir o que de fato representa a ergonomia, levando o material para dentro das empresas. “Eu vim de um curso técnico no qual a ergonomia é tratada apenas como a distância para uma mesa, cadeira, medidas etc. Quando cheguei à Unifei, senti que o tema é muito mais amplo e deve ser reapresentado às empresas, incentivando os trabalhadores a participarem das discussões. Quando produzimos esses materiais, é uma oportunidade de divulgar o verdadeiro significado da ergonomia”, diz.

Confira o primeiro episódio da animação, em http://bit.ly/2K8tn35.

Aproveite e veja também outros conteúdos do Canal Ergonomia da Atividade – https://bit.ly/2vHf7oM.

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