Vale ajudará em construção de prédios da Unifei Itabira
A Vale ajudará a Prefeitura de Itabira na construção dos próximos prédios do campus local da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Essa definição foi acordada dentro do grupo de trabalho que discute o futuro do município pós-exaustão da mineração. As cifras ainda não foram definidas, mas a intenção é de que a estruturação do espaço […]
A Vale ajudará a Prefeitura de Itabira na construção dos próximos prédios do campus local da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Essa definição foi acordada dentro do grupo de trabalho que discute o futuro do município pós-exaustão da mineração. As cifras ainda não foram definidas, mas a intenção é de que a estruturação do espaço físico da instituição desencadeie uma nova realidade para os setores da educação e tecnologia.
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Pelo acordo firmado para a concretização da Unifei em Itabira, a Vale ficaria encarregada de equipar os laboratórios da instituição. A mineradora já teria investido R$ 40 milhões no projeto. A construção dos prédios, pelo que foi pactuado, é uma obrigação da Prefeitura, mas agora o município terá aportes da empresa também nessa fase.
De acordo com o secretário municipal de Obras, Ronaldo Lott, a Vale ajudará na construção dos prédios 4 e 5 da Unifei Itabira. O valor para as duas estruturas gira em torno de R$ 70 milhões, mas ainda não está definido qual será o aporte da mineradora. “Ainda não temos os números finais. A gente está discutindo hoje o campo das ideias, que estão bem fortalecidas. O projeto, no ponto de vista do seu objetivo, está bem consolidado. O importante neste momento é que não faltarão recursos para a implantação. É o que a Vale tem nos garantido”, comentou o secretário.
Em agosto, a Prefeitura conclui a fundação para os três próximos prédios do campus. O investimento é de R$ 4 milhões. Antes, já em julho, está previsto o lançamento do edital para a construção do terceiro edifício, orçado em cerca de R$ 35 milhões. O município afirma já ter os recursos necessários para a obra, oriundos do próprio orçamento e do financiamento com a Caixa Econômica Federal recém-aprovado pela Câmara de Vereadores.
“As discussões com a Vale já duram oito meses. Estamos chegando nas ações práticas. A Vale tem se manifestado de forma peremptória de que vai participar desses projetos com a Prefeitura de Itabira. É importante, porque nós poderemos fazer em um tempo mais rápido, dentro de uma necessidade que temos para que esses projetos sejam viabilizados pelo MEC (Ministério da Educação) e tenhamos toda a infraestrutura necessária”, disse Ronaldo Lott.
Grupo de trabalho
A informação sobre o avanço da Unifei foi passada pelo secretário de Obras durante o seminário promovido pela Amig em Itabira, nesta quinta-feira, 27 de junho. O encontro debateu o cenário pós-mineração do município e contou com diversas palestras e temas discutidos.
Um dos painéis tratou do grupo de trabalho que reúne Prefeitura, Câmara e Vale, em atividade desde agosto do ano passado. Tanto o secretário Ronaldo Lott quanto a gerente de Relações Institucionais Sudeste e Centro Oeste da Vale, Thais Rêgo de Oliveira, disseram que a educação será o principal alvo dos investimentos.
A ideia é transformar Itabira em um Hub de Educação e Tecnologia, tendo a Unifei como propulsora. Além dos investimentos físicos no campus, também serão desenvolvidos projetos que visam diminuir a evasão escolar nos cursos de Engenharia, modernização da grade de ensino e das práticas educacionais e estímulo ao empreendedorismo de base tecnológica. Trabalhos também seriam desenvolvidos nas escolas de ensino médio e técnico de Itabira.
A expectativa da Prefeitura é de que até 2028 a Unifei Itabira tenha 9.660 alunos, 640 técnicos administrativos e 535 professores. Estudos elaborados pela própria universidade apontam que essa população poderia acrescentar até R$ 260 milhões ao ano na economia do município. Atualmente, com 2.250 alunos e cerca de 300 funcionários, a Unifei injeta alto em torno de R$ 52 milhões em Itabira.
“Nós não estamos atrás de empresas, estamos atrás de pessoas. As pessoas é que atraem as empresas. A vida inteira se discutiu trazer uma indústria para cá. Mas o processo tem que ser inverso. Nós vamos trazer o conhecimento”, afirmou o secretário Ronaldo Lott.