Vídeos educativos alertam crianças e adolescentes sobre abuso sexual
Falar de abuso sexual para crianças não é uma tarefa fácil, porém dialogar sobre o tema é uma importante estratégia de enfrentamento à Violência Sexual Infantil. Pensando nisso, a Rede Marista de Solidariedade desenvolveu a campanha “Defenda-se” para orientar crianças e adolescentes sobre o tema através de animações. Com uma linguagem próxima à faixa etária […]
Falar de abuso sexual para crianças não é uma tarefa fácil, porém dialogar sobre o tema é uma importante estratégia de enfrentamento à Violência Sexual Infantil. Pensando nisso, a Rede Marista de Solidariedade desenvolveu a campanha “Defenda-se” para orientar crianças e adolescentes sobre o tema através de animações.
Com uma linguagem próxima à faixa etária de 4 a 12 anos, os vídeos ilustram situações cotidianas em que a criança pode se defender do abuso ou da exploração sexual. Toda a construção do conhecimento é feita a partir de imagens que refletem sobre direitos sexuais. Além disso, as animações mostram como uma criança ou adolescente pode denunciar a violência.
Inclusão
Desde 2014, a campanha Defenda-se é inclusiva e disponibiliza os vídeos em áudio-descrição, libras, legendas em português, espanhol e inglês, além de spots para rádio. De acordo com o site institucional da iniciativa, trabalhar com as animações possibilita que mais crianças tenham condições de defesa contra a violência sexual.
Além dos vídeos sobre abuso sexual, na plataforma digital da campanha, há outra animações sobre não aceitar a companhia de estranhos, os canais de denúncias disponíveis, como lidar com os sentimentos na infância, entre outros.
Dados nacionais
De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, entre 2011 e 2017 foram notificados 141.105 casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes. A avaliação das características sociodemográficas de crianças vítimas de violência sexual mostrou que 43.034 (74,2%) eram do sexo feminino e 14.996 (25,8%) eram do sexo masculino. Do total, 51,2% estavam na faixa etária entre 1 e 5 anos, 45,5% eram da raça/cor da pele negra, e 3,3% possuíam alguma deficiência ou transtorno.