Desemprego recua para 12%, mas população subocupada é a maior desde 2012
A população subocupada (disponível para trabalhar mais horas), aquela disponível para trabalhar mais horas, atingiu a marca de 7,4 milhões de pessoas batendo o recorde da série histórica iniciada em 2012. O segundo trimestre fechou com outro recorde: o número de trabalhadores por conta própria que aumentou 1,6% e chegou a 24,1 milhões. Os dados […]
A população subocupada (disponível para trabalhar mais horas), aquela disponível para trabalhar mais horas, atingiu a marca de 7,4 milhões de pessoas batendo o recorde da série histórica iniciada em 2012. O segundo trimestre fechou com outro recorde: o número de trabalhadores por conta própria que aumentou 1,6% e chegou a 24,1 milhões.
Os dados constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento apontou também que a taxa de desocupação no país caiu de 12,7%, no primeiro trimestre do ano, para 12%, no trimestre de abril a junho.
Subocupadas
No número de pessoas subocupadas (7,4 milhões), houve um aumento de 8,7% em relação ao trimestre anterior, ou mais 587 mil subocupados. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior houve uma alta de 13,8%, o equivalente a mais 892 mil pessoas subocupadas.
Conta própria
O número de trabalhadores por conta própria (24,1 milhões) também subiu nas duas comparações: 1,6% (mais 391 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,0% (mais 1.156 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2018.
Carteira
Foram preenchidas mais 294 mil vagas com carteira assinada, um aumento de 0,9% na comparação com o trimestre anterior, totalizando 33,2 milhões de trabalhadores com carteira. Por outro lado, a população sem carteira chegou a 11,5 milhões de empregados, um aumento de 3,4% nessa mesma comparação.
“Soluços de crescimento”
O diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, ressalta alguns pontos positivos dos indicadores divulgados. “O número de empregados com carteira assinada nunca cresceu tanto desde o trimestre terminado em junho de 2014. É uma variação significativa”, afirma. Ele também destaca o crescimento da população ocupada, o maior na comparação anual, com aumento de 2,4 milhões de pessoas.
Os resultados positivos, segundo Cimar, são “soluços de crescimento”, ou seja, indicam pequenas recuperações após um cenário desfavorável no mercado de trabalho. “Ainda há muita informalidade e um déficit expressivo de postos de trabalho com carteira assinada”, analisa.
Desemprego
A taxa de desocupação foi estimada em 12,0% para o trimestre móvel de abril a junho de 2019 e caiu 0,7 pontos percentuais em relação ao trimestre de janeiro a março de 2019 (12,7%). Na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2018, quando a taxa foi estimada em 12,4%, também houve queda (-0,4 ponto percentual).
No trimestre móvel de abril a junho de 2019, havia aproximadamente 12,8 milhões de pessoas desocupadas no Brasil. Este contingente recuou (-4,6%, ou menos 621 mil pessoas em busca de trabalho) frente ao trimestre anterior e ficou estatisticamente estável em relação a igual período de 2018.