Aprender ensinando
“O uso de metodologias ativas nunca fez tanto sentido para os professores e alunos se reinventarem”
A Covid-19 definitivamente chegou para mudar o contexto de trabalho, de família e de lazer. As relações pessoais se transformaram em virtuais e, na necessidade de qualquer interação coletiva e presencial, máscara e álcool em gel tornam-se obrigatórios. Muita coisa mudou por aí e nas escolas não foi diferente.
Em plataformas digitais, as aulas em instituições particulares do ensino fundamental, médio e superior continuam dentro das limitações de cada uma, em condições de improviso, de adaptação.
Para as escolas públicas ainda não se tem uma definição de métodos que permitam o retorno das aulas. Apesar de me preocupar com esta situação, que deve ser debatida em outra oportunidade, vou me limitar a refletir sobre o ensino superior em escolas privadas, onde atuo como professor da graduação e pós-graduação.
É verdade que as instituições privadas já se organizam para oferecer estrutura adequada para o trabalho do professor e a participação do aluno. A internet e a tecnologia vêm contribuindo para que seja minimizado o impacto da perda de qualidade nas relações de ensino-aprendizagem.
O uso de metodologias ativas nunca fez tanto sentido para os professores e alunos se reinventarem. Trata-se de aprender ensinando, debatendo, discursando.
Mas, infelizmente, ainda há complicações que rodeiam a faculdade, o professor e o aluno. Ouço relatos e também concordo que os ruídos externos incomodam. Os estudantes revelam dificuldades para ingressar nas salas de aula virtuais e para se livrarem das distrações do ambiente de casa.
Contudo, é preciso destacar que a maturidade discente foi elevada, mesmo que ainda exista, minimamente, o tradicional “matar aula”, que se modernizou com a prática de “desativar a câmera e o microfone”.
Mesmo estando no conforto do lar, tenho saudades da sala de aula.
Enquanto aguardamos ansiosos que os especialistas em saúde desenvolvam a vacina para interromper de vez a propagação do coronavírus, nós, educadores, continuaremos buscando a fórmula ideal para o ensino de qualidade.
Thiago Jacques é professor universitário na Funcesi, mestre em Administração, especialista em Gestão Empresarial e especializando em Marketing Digital
O conteúdo expresso neste espaço é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.