Como criar bons hábitos?

Tenho uma boa notícia: nós podemos mudar nossa vida começando com a mudança dos nossos hábitos! Simples assim! Além dos nossos comportamentos mudamos os nossos pensamentos na busca de uma vida mais plena e saudável. Em Hábitos Atômicos James Clear diz: “Hábitos são os juros compostos do autoaperfeiçomento”. Ele nos mostra que nossos hábitos se multiplicam à medida que os repetimos.

Mas, por que é importante criar bons hábitos? Pesquisas no campo da Psicologia Positiva mostram que os hábitos são um dos componentes que pode nos ajudar na busca pela felicidade. Se a nossa felicidade pessoal é um valor e desejamos nos tornar mais felizes, então precisamos criar novos rituais e hábitos envolvendo isso.

Cabe a você parar por um minuto e fazer uma auto avaliação: os hábitos que você tem hoje estão te colocando no caminho do sucesso ou do fracasso?

Pode ter certeza, fazer uma escolha que seja 1% melhor ou pior hoje pode parecer insignificante, mas ela irá determinar a diferença entre quem você é e quem poderia ser.

Não é sobre as grandes conquistas, os objetivos alcançados ou os resultados necessariamente. É sobre o acúmulo de hábitos diários que constroem uma vida diferente. Todas as grandes coisas são originadas em pequenos começos, é uma pequena decisão que faz toda a diferença. Mas, a partir do momento que essa decisão se repete, um novo hábito brota e vai se fortalecendo. No começo pode parecer difícil, mas aos poucos ele se torna automático.

Para ajuda-lo neste processo trago algumas dicas:

1. “Se quiser alcançar resultados esqueça a definição de metas e concentre-se no seu sistema”. Ou seja, defina como será o processo para chegar ao resultado almejado. Ao invés de ficar “mirando” só o produto final, aprenda a curtir o caminho, uma melhoria de 1% a cada dia que fará parte de um todo maior.

2. Tenha em mente qual é a nova identidade de quem você deseja se tornar, você precisa saber quem quer ser. Isso mesmo! Tendo isso claro você é capaz de mudar seus processos e por fim seus resultados. Não adianta você querer acordar mais cedo se não vê qualquer motivo para isso. “Sempre que algo envolver seu orgulho você irá lutar com unhas e dentes para manter seus hábitos”.

3. Um hábito é um comportamento repetido o suficiente para se tornar automático e a prática constante faz de você quem deseja se tornar. Por isso, pratique muito! A evolução é gradual.

James ainda traz no seu livro as Quatro Leis da Mudança de Comportamento, que ele explica como um conjunto de regras simples que podemos usar para criar hábitos melhores:

1. Torne-os claros, ou seja, tenha consciência deles, defina data, hora e local para começar o novo hábito.

2. Torne-os atraentes, ou seja, seu cérebro tem muito mais circuitos neurais para querer recompensas do que para gostar delas. Portanto, é a expectativa de uma experiência recompensadora que nos motiva a agir.

3. Torne-os fáceis, ou seja, encaixe-os no fluxo da sua vida e concentre-se em agir. Comece com a repetição e não com a perfeição.

4. Torne-os satisfatórios, ou seja, um hábito precisa ser agradável e fazer sentido para você (lembra da nova identidade?) aumentando assim a chance dele persistir. Se o seu novo hábito for imediatamente recompensado, ele será repetido; se for punido, ele será evitado.

Espero te ajudar na intenção de criar e manter novos hábitos. Mudar, muitas vezes não é fácil, principalmente se aquele comportamento está instaurado a muito tempo. Mas, acredite, é muito possível.

Lembre-se sempre que o primeiro passo é a sua verdadeira intenção e o significado que aquele hábito ou novo comportamento tem para você. Não adianta ele fazer sentido para a sua família, o seu parceiro, o seu médico, para a blogueira da internet… Você pode encontrar o que funciona para você, personalizando de acordo com suas necessidades e sua identidade.

A vida é um processo simples, algumas mudanças são rápidas, outras nem tanto. Mas, o fato de querer já muda sua perspectiva e te direciona para um estilo de vida mais coerente ao que gostaria de viver.

Fernanda Bretas é psicóloga, especialista em Psicologia Positiva. O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.