Jovem trata Covid-19 com ivermectina e precisa de transplante de fígado

Paciente desenvolveu hepatite medicamentosa após tomar o remédio por uma semana para tratar a infecção pelo novo coronavírus

É de consenso entre médicos e autoridades de saúde que nenhum fármaco tem eficácia cientificamente comprovada no tratamento da Covid-19. Mas o assunto gera polêmica, já que outra parcela de profissionais de saúde vêm receitando remédios no enfrentamento inicial da doença, e isso passa pela liberdade do médico – o Conselho Federal de Medicina (CFM), inclusive, recomenda que cada médico faça a prescrição conforme suas próprias convicções, e essa é uma decisão tomada em conjunto com o paciente.

No rol dos medicamentos que vêm sendo usados para tratar precocemente o novo coronavírus estão ivermectina, cloroquina, vitaminas C e D, zinco, antibióticos e o vermífugo Anitta.

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Sobre o medicamento

Ivermectina é um fármaco usado no tratamento de vários tipos de infestações por parasitas. Entre elas estão a infestação por piolhos, sarna, oncocercose, estrongiloidíase, tricuríase, ascaridíase e filaríase linfática. Em infestações externas, pode ser administrada por via oral ou aplicada na pele. O contacto com os olhos deve ser evitado.

Os efeitos secundários mais comuns são olhos vermelhos, pele seca e sensação de queimadura. Não é claro se a sua administração é segura durante a gravidez, embora seja provavelmente aceitável o seu uso durante a amamentação. A ivermectina pertence a uma classe de medicamentos denominada avermectinas. O mecanismo de ação consiste em fazer aumentar a permeabilidade da membrana celular do parasita, o que resulta na sua paralisia e morte.

A Ivermectina foi descoberta em 1975 e introduzida no mercado em 1981. Faz parte da lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial de Saúde, uma lista com os medicamentos mais seguros e eficazes fundamentais num sistema de saúde. Em outros animais é usada na prevenção e tratamento de dirofilariose e outras doenças.