IBGE: gasolina sobe 7,11% em fevereiro e puxa alta da inflação
A gasolina subiu 7,11% em fevereiro, sendo responsável, sozinha, por 0,36 ponto porcentual da taxa de inflação de 0,86%
Nesta quinta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, que ficou em 0,86% em fevereiro — depois de ter subido 0,25% em janeiro. É a maior taxa para o mês desde 2016, quando registrou 0,9%.
Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 5,20%, a maior variação desde janeiro de 2017. Com isso, se aproxima do teto da meta, estabelecido pelo Banco Central em 3,75% — podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
De acordo com o IBGE, as famílias brasileiras gastaram 2,28% a mais com transportes em fevereiro, um impacto de 0,45 ponto porcentual sobre o IPCA. Os preços dos combustíveis aumentaram 7,09% no período.
“A gente tem tido vários sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias, o que acaba chegando ao consumidor final. E o etanol sobe porque é um substituto”, observou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
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A gasolina, principal responsável pela alta da inflação, subiu 7,11% em fevereiro, sendo responsável, sozinha, por 0,36 ponto porcentual da taxa de inflação de 0,86% em fevereiro, cerca de 42% do IPCA.
Também ficaram mais caros os preços do etanol (alta de 8,06% e impacto de 0,05 ponto porcentual), óleo diesel (5,40%) e gás veicular (0,69%). Com os resultados de fevereiro, os combustíveis acumulam alta de 28,44% nos últimos nove meses.
“A gasolina subiu quase 28% em nove meses. Lembrando que a gasolina é o item de maior peso no IPCA”, disse Kislanov.
As famílias também pagaram mais nos automóveis novos (0,55%), automóveis usados (0,71%) e pneus (1,26%). O ônibus urbano subiu 0,33%, devido a reajustes no Recife e em Vitória. O trem aumentou 0,56%, em consequência do reajuste de 6,38% nas passagens do Rio de Janeiro em 23 de fevereiro.
As passagens aéreas tiveram um recuo de 3,04% em fevereiro.