PF aponta que empresários vacinados podem ter recebido doses falsas
Agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na casa da cuidadora de idosos, que aplicou suposto imunizante em garagem de ônibus em BH
As doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas em empresários do setor de transporte de Belo Horizonte podem ser falsas. É o que aponta a investigação da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de busca e apreensão, nesta terça-feira (30), na casa da mulher que fez a imunização dentro de uma garagem de ônibus, na Região Noroeste da capital mineira.
Na residência, moram a mulher que aplicou a vacina no grupo de empresários e o filho dela, que também é investigado. Além disso, agentes cumpriram mandados em uma clínica. Vários materiais foram recolhidos nos locais, como seringas, agulhas, cartões de vacinação, entre outros. Frascos com substância análoga a soro também foram encontrados, o que levanta a hipótese de as doses aplicadas serem falsas.
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Entenda o caso
Na última quinta-feira (25), a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a denúncia feita a empresários e políticos que tomaram a vacina contra a Covid-19 às escondidas, em Minas Gerais. Eles teriam recebido a primeira dose da vacina da Pfizer contra o coronavírus dois dias antes (23). O caso veio à tona após reportagem publicada pela revista “Piauí”.
De acordo com a reportagem, o grupo teria comprado a vacina por conta própria, sem declará-la ao Ministério da Saúde e sem repassá-la ao Sistema Único de Saúde (SUS). A revista “piauí” também frisou que a aplicação da segunda dose estava prevista para acontecer em 30 dias. Cerca de 50 pessoas estariam envolvidas no esquema e o custo da operação teria sido de R$ 600 por indivíduo.