Vale apresenta projeto de pilha de rejeito na mina de Brucutu
Investimento previsto é de R$1,69 bilhões, além da geração de 1100 postos de trabalho
Na última semana, em conferência virtual com o prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo, Raimundo Nonato de Barcelos, Nozinho (PDT), representantes da mineradora Vale apresentaram o projeto de Pilha de Disposição de Rejeitos Filtrados (PDR) Tamanduá.
O projeto, com investimento estimado em R$1,69 bilhões, deve gerar postos de trabalho que podem chegar a 1.100 no pico da obra. Segundo o responsável pelas Relações Institucionais da Vale, Pedro Scaldini, o PDR Tamanduá, e suas estruturas auxiliares, trata-se de uma proposta que visa a continuidade das operações do Complexo Minerador de Brucutu e evolve São Gonçalo e Barão de Cocais.
O PDR Tamanduá tem vida útil prevista de 28 anos com capacidade de armazenagem de 30 milhões de toneladas ao ano. Inicialmente, conforme plano estratégico estabelecido, estava prevista a implantação da Barragem Tamanduá. Porém, a Vale buscou novas alternativas tecnológicas mais seguras e desenvolveu o projeto para uma Pilha de Disposição de Rejeitos Filtrados, em substituição a estrutura da barragem de rejeito.
O projeto industrial da PDR Tamanduá está dividido em cinco etapas: Estradas de Manutenção; Relocação de Linhas de Transmissão; Relocação da Estrada Municipal; Projeto Estrada Mina a PDR e Projeto Geotécnico.
Para Nozinho, a nova obra movimentará a economia, gerando emprego, renda e desenvolvimento de fornecedores locais, além de gerar impostos. Porém, o prefeito questionou diversos pontos do projeto como: a altura das pilhas de rejeito, o impacto da poeira ao meio ambiente e a localização dos depósitos devido à proximidade das localidades
rurais do município.
A equipe da Vale explicou que a pilhagem será construída ao longo dos 28 anos, em um processo lento e contempla um processo de semeadura. O Complexo Minerador de Brucutu, localizado nos municípios de São Gonçalo do Rio Abaixo e Barão de Cocais, tem como atividade a exploração de minério de ferro (hematita e itabirito).
A produção está na ordem de 30 mil toneladas por ano e uma vida útil projetada de 34 anos, considerando 2020 como o ano inicial dessa cronologia. Atualmente, o Complexo emprega cerca de 3 mil pessoas, entre colaboradores diretos e indiretos.
Uma nova reunião, dessa vez presencial, será agendada para mais esclarecimentos sobre o projeto, principalmente, com relação a questões ambientais.