Inquérito da Polícia Civil: Joice Hasselmann sofreu queda e não foi agredida
“Não se evidenciou quaisquer elementos que apontassem para a prática de violência doméstica ou atentado por parte de terceiros”, diz a nota da Polícia Civil
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu que a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) sofreu “queda da própria altura” e que não foi vítima de violência doméstica ou de agressão por terceiros. A parlamentar, que acordou no dia 18 de julho no chão do seu apartamento funcional em Brasília, em meio a uma poça de sangue, com vários hematomas e fraturas, acreditava ter sido vítima de um atentado, mas não descartava um acidente, pois não lembrava o que tinha ocorrido.
“A Polícia Civil do Distrito Federal, por intermédio da 2ª DP – Asa Norte, concluiu as investigações do caso da deputada Joice Hasselman no sentido de um incidente causado- pela queda da própria altura. No caso, não se evidenciou quaisquer elementos que apontassem para a prática de violência doméstica ou atentado/agressão por parte de terceiros”, diz a nota oficial.
A PCDF informou que a investigação foi encaminhada ao Poder Judiciário e ao Ministério Público e corre em segredo de justiça. Caberá ao MPF oferecer ou não denúncia à Justiça Federal. Procurada, a assessoria da deputada disse que ainda não foi oficialmente notificada sobre o caso.
Exame de corpo de delito feito no marido da deputada, o neurocirurgião Daniel França, mostrou que ele não tinha lesões e hematomas recentes no corpo. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) tentou identificar sinais de um possível confronto físico e lesões em mãos, dedos e punhos, mas não encontrou evidências que confirmassem essa hipótese.
Desde o início, a parlamentar disse não se lembrar dos acontecimentos e informou ter tomado remédios para dormir naquela noite. E desconfiava que pudesse ter sido atacada por um agressor que poderia ter se escondido no seu apartamento, mas não descartava a possibilidade de uma queda.
A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados (Depol), um dos órgãos investigando o caso, analisou as câmeras de segurança do prédio onde a parlamentar mora e disse não ter identificado a entrada de nenhuma pessoa estranha entre os dias 15 e 20 de julho. Não há, no entanto, câmeras de segurança nas escadas, nem nas entradas dos apartamentos funcionais.