Em parceria com o Ministério da Ciência, Minas terá o primeiro Centro Nacional de Vacinas do Brasil

Unidade de pesquisa e desenvolvimento vai ajudar a acelerar o processo de produção de imunizantes no Brasil

Em parceria com o Ministério da Ciência, Minas terá o primeiro Centro Nacional de Vacinas do Brasil
Foto: Neila Rocha (ASCOM/SEAPC/MCTI)

O governador Romeu Zema (Novo), assinou nesta quinta-feira (2), em Brasília, protocolo que oficializa a construção do primeiro Centro Nacional de Vacinas em Minas Gerais. A iniciativa é uma parceria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

A construção do centro vai promover a independência de tecnologia na produção de lotes-pilotos de vacinas e testes de diagnóstico para doenças humanas e veterinárias. Zema disse estar muito satisfeito diante da parceria entre as instituições. “Queremos que a UFMG, que a Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), que seus pesquisadores tenham condições de desenvolver as vacinas e nós, por meio da Funed (Fundação Ezequiel Dias), venhamos a ter condições de fabricarmos e distribuirmos tanto no Brasil quanto no exterior estas vacinas”, disse o governador, durante pronunciamento.

Romeu Zema lembrou que o centro desenvolverá vacinas humanas e para animais. “Isso é um marco muito importante. Assim como a pandemia começou há dois anos, estaremos preparados no futuro para eventos desta natureza. Então, é algo estratégico, é algo que pode salvar milhões de vidas”, explicou.

Projeto para longo prazo

A construção do Centro Nacional de Vacinas contribui para acelerar o desenvolvimento tecnológico e científico de imunizantes no Brasil, e também faz com que o país não fique em condição de refém da tecnologia internacional.

Com o centro, é possível agilizar a fabricação, por exemplo, de vacinas para infecções virais epidêmicas e pandêmicas, como malária, leishmaniose, doença de Chagas, zika, chikungunya, dengue e covid-19, contribuindo, assim, para o desenvolvimento socioeconômico do estado de Minas Gerais e do Brasil.

A reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, enalteceu o pioneirismo da iniciativa.

“Nossa intenção é formar pessoas, mas também fazer esta importante entrega para a sociedade. Fazemos a pesquisa e entregamos para a transferência de tecnologia a serviço da sociedade. Somos líderes em depósito de patente, que é o início de toda produção. O compromisso do Governo de Minas em apoiar este centro é justamente completar toda esta cadeia com o apoio da Funed, da Fapemig, e de todas as estruturas do nosso estado e do nosso governo”, afirmou.

Já o ministro da Tecnologia, Ciência e Inovação, Marcos Pontes, afirmou ter muito orgulho de trabalhar com a Universidade Federal de Minas Gerais e com o Governo de Minas Gerais para que o Brasil possa ser, com o Centro Nacional de Vacinas, um país produtor de imunizantes no âmbito mundial.

“Passaremos a ser um país que pode ser parceiro da Organização Mundial da Saúde, por exemplo. O país vai estar preparado para as próximas pandemias, vai poder desenvolver vacinas para doenças negligenciadas, como dengue, zika, chikungunya e muitas outras. Isto nos dá muito orgulho”, disse.

Valores do investimento

Com orçamento na ordem de R$ 30 milhões do Governo de Minas Gerais para a construção e importação de equipamentos laboratoriais, sendo R$ 12 milhões disponibilizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e R$ 18 milhões pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o centro é fruto da parceria com investimento de R$ 50 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A união entre governos estadual e federal totaliza R$ 80 milhões para a consolidação do Centro Nacional de Vacinas.

 

*Com informações da Agência Minas Gerais