Greve em Minas? Tanqueiros ameaçam paralisação após novo aumento no diesel
Reajuste de 8,89% no preço médio do litro do diesel é o estopim para possível greve
Após a Petrobras anunciar o reajuste do valor do óleo diesel em suas refinarias em R$ 0,25 por litro, os tanqueiros de Minas Gerais ameaçam paralisação. O preço passará de R$ 2,81 para R$ 3,06, uma alta de 8,9%. O presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados do Petróleo de Minas Gerais (Sinditanque-MG), Irani Gomes, gravou um vídeo afirmando que a classe irá paralisar as atividades em breve.
A data da pausa ainda não foi especificada, todavia, o aumento do diesel passa a valer a partir desta quarta-feira (29).
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Indignados
O novo aumento não foi bem recebido pelos tanqueiros, caminhoneiros e trabalhadores que utilizam o combustível diariamente.
“A categoria não aguenta mais esta situação. Nenhuma categoria de transporte consegue pagar as suas dívidas, suas contas, devido ao preço absurdo que está o diesel”, disse Irani Gomes.
A nova alta, no entanto, reflete apenas “parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e da taxa de câmbio”, informa a Petrobras, na nota. Ou seja, ainda há espaço para novos reajustes. O presidente do Sinditanque-MG disse que todos se isentam de responsabilidades quando o assunto é a resolução do problema.
“Um governo fica jogando para o lado do outro. O governo federal joga para o lado do estadual e o estadual para o governo federal. De quem é a culpa? De quem é a responsabilidade desses altos preços? Sabemos que a Petrobras, hoje, com seus acionistas, só pensa em lucros, só pensa em dinheiro e mais nada”, reivindica o presidente.
Caos instalado
Finalizando o depoimento, Irani ressalta que o estágio atual é caótico e que a qualquer a classe pode parar os trabalhos no estado de Minas Gerais.
“Nós estamos pedindo para o governo, seja o federal, estadual, a Petrobras, que venha reduzir o preço abusivo que está o óleo diesel. Nós não conseguimos mais trabalhar. A corda está esticando. Não temos mais condições de trabalhar da maneira que está. Vamos cruzar nossos braços a qualquer momento se não houver nenhuma decisão referente ao preço dos combustíveis”, finaliza.