Projeto de universitários aproxima surdos do dia a dia da Unifei Itabira
Surdos visitaram laboratórios da Unifei Itabira, com estudantes, intérpretes e alunos do curso de Libras
O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano chamou a atenção para um assunto importante na agenda da inclusão: os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil. Em Itabira, o tema é oportuno a uma iniciativa desenvolvida por alunos da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), que aproxima pessoas com surdez ou deficiência auditiva do ambiente acadêmico.
A ideia surgiu dentro do projeto de extensão “Bota Pra Fazer”, uma competição de empreendedorismo social criada no campus. Parte do projeto, o grupo de trabalho “DeafIn” convocou surdos na cidade para uma visita técnica à Unifei Itabira.
O público-alvo conheceu a instituição nas últimas semanas, “com a proposta de conscientizar os deficientes de seu direito a condições de estudo em uma universidade pública”, destacam os estudantes.
Em Libras [Língua Brasileira de Sinais] e conteúdo multimídia, participantes percorreram os laboratórios das Engenharias da instituição. Conheceram a construção de carros utilizada em dois projetos; oficina de usinagem, onde foi feita uma demonstração do tratamento de uma peça no torno CNC (controle numérico computadorizado); o laboratório de elétrica, com exibição prática do funcionamento de um osciloscópio; entre outros.
O universitário Marcos Machado Campos contou que além de estimular surdos a acessarem o universo acadêmico, seu grupo fez parceria com outros projetos da instituição, como o ‘High Five: Tecnologias Assistivas’.
Esse último grupo desenvolve próteses mecânicas para pessoas com deficiência em impressora 3D – um braço, por exemplo, semelhante ao membro humano. Em busca de patrocinadores, o projeto trabalha tecnologias assistivas para ampliar a acessibilidade das pessoas com deficiência, sobretudo no ensino superior.
“Nosso trabalho reforça o comprometimento de todos nós com a causa da inclusão de pessoas com deficiência na Unifei”, conta Marcos.