Petrópolis: número de mortos chega a 94, incluindo oito crianças
Ministério Público já cadastrou 35 desaparecidos
A Secretaria Estadual de Defesa Civil do Rio de Janeiro informou que o número de mortos em Petrópolis, depois da tempestade que se abateu sobre a cidade, chegou a 94, sendo que oito vítimas são crianças. Até o momento, 24 pessoas foram resgatadas com vida.
O governador do estado, Cláudio Castro está na cidade da Região Serrana e declarou que essa é a pior chuva desde 1932. “Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. A Defesa Civil confirma 372 pessoas desabrigadas ou desalojadas neste momento. São 89 áreas atingidas, com 26 deslizamentos. Mais de 180 moradores de áreas de risco estão sendo acolhidos”, atualizou.
O Corpo de Bombeiros ainda não sabe precisar o número de desaparecidos, mas o cadastro do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), feito até o início desta noite (16), indica que ao menos 35 pessoas são procuradas. Pelo menos 54 casas foram destruídas pelas chuvas que atingiram a região.
Cerca de 400 bombeiros seguem empenhados nas buscas aos desaparecidos. A Polícia Civil do RJ também montou uma força-tarefa com cerca de 200 policiais, peritos legistas e criminais, papiloscopistas, técnicos e auxiliares de necropsia, servidores de cartório e de diversas delegacias da Região Serrana.
A Prefeitura decretou estado de calamidade pública e informou que as equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento às vítimas. A Defesa Civil informou que ainda há previsão de chuva moderada a qualquer momento no município nesta quarta (16).
Cidade sob a lama
A devastação da noite passada (15) era tamanha que, em muitos locais de Petrópolis, e tornou difícil distinguir o que era casa, o que era terra ou o que era rua. Morros vieram abaixo, carregando pedras do tamanho de carros; veículos ficaram empilhados com a força da correnteza que desceu morros e ruas; vias importantes foram bloqueadas, dificultando o acesso aos desabrigados.
O bairro Alto da Serra foi uma das localidades mais devastadas. A prefeitura estima que pelo menos 80 casas foram atingidas pela barreira que caiu no Morro da Oficina. Outras regiões de Petrópolis também foram atingidas, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Washington Luiz e Coronel Veiga.