Servidores federais: reajuste de 5% custará R$ 12,6 bi em 2023, afirma secretário
Neste ano, a estimativa de impacto do aumento incluindo civis e militares é de R$ 6,3 bilhões para o segundo semestre
O secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, disse que, se for oficializado um reajuste linear de 5% para os servidores federais em 2022, o custo, no próximo ano, será de R$ 12,6 bilhões. Com isso, precisará aumentar a reserva de R$ 11,7 bilhões prevista no Projeto de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2023, enviado ao Congresso Nacional. Neste ano, a estimativa de impacto do aumento incluindo civis e militares é de R$ 6,3 bilhões para o segundo semestre.
“Precisaria fortalecer um pouco a reserva, colocar mais R$ 900 milhões para chegar ao valor equivalente no próximo ano. Tudo o que se der neste ano, tem que ter em dobro ano que vem”, afirmou o secretário. Colnago ressaltou que o reajuste de 5% não foi definido e, ainda, está na mesa, assim como outras propostas. “Falta decisão, não há nenhuma decisão clara comunicada sobre o 5%”, disse.
Na semana passada, fontes que participaram de uma reunião entre ministros e o presidente Jair Bolsonaro (PL) disseram que o martelo já teria sido batido pelo reajuste linear nessa ordem.
Em meio a reclamações de categorias de servidores públicos de que um reajuste de 5% nos salários não é suficiente, Esteves Colnago disse que isso já demandaria um “esforço fiscal considerável”. “Nós não estamos em superávit primário, país ainda tem fragilidade fiscal”, afirmou.