Governo municipal decide fechar Casa de Apoio em Belo Horizonte
A Casa de Apoio oferece acomodações para itabiranos em tratamento na capital mineira
A Casa de Apoio, espaço de acolhida de pacientes itabiranos em Belo Horizonte, será fechada. A administração municipal informou, por meio do líder de governo na Câmara de Vereadores, Allaim Gomes (PDT), que o serviço terá o contrato suspenso após 31 de março. O intuito é enxugar gastos.
O vereador citou que a Saúde municipal tem déficit atual de R$ 4 milhões. Além do caixa defasado, o serviço da Casa de Apoio tem quase R$ 200 mil de pagamentos em atraso devidos pelo poder público.
O espaço foi inaugurado por Damon Lázaro de Sena (PV) em junho do ano passado. Na ocasião, o então prefeito firmou contrato com a Pousada Piauí, no bairro Floresta, para servir de apoio a moradores de Itabira que vão a Belo Horizonte para tratamentos médicos, consultas ou exames.
A Casa de Apoio atende, sobretudo, pacientes que lutam contra com o câncer, para que eles possam permanecer em Belo Horizonte ao contrário de irem e virem diariamente para sessões de radioterapia, por exemplo. O espaço é acessível a pessoas com deficiência e fornece refeições como café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar.
Segundo Allaim, o contrato com a pousada termina em junho próximo, mas o governo decidiu suspendê-lo em abril. “O governo fez um levantamento do custo da Casa de Apoio e a Secretaria de Saúde chegou à conclusão que não é possível manter o serviço neste momento”, pontuou.
Sem a Casa, o governo irá reorganizar o transporte dos pacientes assistidos pelo Serviço de Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Assim, as pessoas permanecerão em Belo Horizonte tão somente durante o tempo do tratamento médico, retornando a Itabira no mesmo dia.
Indignação
O assunto provocou intensas discussões no plenário da Câmara na reunião ordinária desta terça-feira, 14 de março. Vereadores discursaram contra o fechamento da casa, uma conquista obtida pelos pacientes da cidade que não podem arcar com demais despesas na capital.
Allaim endossou que a equipe de Ronaldo Magalhães (PTB) estuda um contrato mais barato para a administração municipal ou uma alternativa ao serviço. “A intenção do governo é a melhor possível. Estão de coração partido por ter que tomar essa atitude”, disse o líder do governo.