Com mais de 300 áreas de risco, Prefeitura de Ouro Preto declara estado de emergência devido às chuvas

O município possui 313 áreas consideradas de alto ou muito risco, conforme dados do Serviço Geológico do Brasil

Com mais de 300 áreas de risco, Prefeitura de Ouro Preto declara estado de emergência devido às chuvas
Foto: Reprodução/Instagram/Prefeitura de Ouro Preto

A histórica Ouro Preto é mais uma cidade que vem sofrendo com as chuvas que atingem Minas Gerais no início de 2023. Considerado Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o município possui 313 áreas consideradas de alto ou muito risco, conforme dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Diante desse cenário, a Prefeitura Municipal e o Governo de Minas Gerais decretaram a situação de emergência devido ao período chuvoso.

“A Prefeitura de Ouro Preto declara estado de emergência em nosso município em sintonia com o Governo do Estado, que decretou também estado de emergência em 136 municípios, incluindo o nosso. Nós tomamos essa providência que alinha o município de Ouro Preto junto aos governos do Estado e Federal na perspectiva de receber recursos para compensação das perdas que estamos sofrendo em termos de infraestrutura”, afirmou o prefeito Ângelo Oswaldo em vídeo publicado no Instagram do Executivo ouro-pretano.

As principais áreas de risco em Ouro Preto estão situadas nos bairros Taquaral, São Cristóvão, São Francisco, Alto da Cruz, Piedade e Morro Santana. De acordo com a Prefeitura, há cerca de 1.567 casas e 6.524 pessoas nessas áreas.

Além de decretar a situação de emergência, o Executivo de Ouro Preto tenta viabilizar recursos para realizar obras de contenção nas encostas da cidade. Uma das linhas de trabalho é para destravar recurso na ordem de R$ 27 milhões e que já havia sido liberado pelo governo federal em 2012, durante a gestão da então presidente Dilma Rousseff (PT), mas que se encontra parado na Caixa Econômica Federal (CEF).

“Estou pedindo ao Governo do Estado que libere os R$ 27 milhões que dependem de iniciativas da Secretaria de Infraestrutura do Estado e do DER [Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem] para que possamos ter acesso aos R$ 27 milhões liberados em 2012 pela presidente Dilma quando eu era prefeito de Ouro Preto. Naquele ano, tivemos fortes chuvas e graves prejuízos”, destaca Ângelo Oswaldo.

“A presidente, sensível [à situação], liberou esses R$ 27 milhões que ficaram esquecidos pelos governos municipais nos cofres da Caixa Econômica Federal. Agora dependemos de uma autorização formal do Governo do Estado para que possamos aplicar esses recursos no PAC das encostas de Ouro Preto. Então aguardamos que com a decretação de emergência municipal e estadual a liberação desses recursos para fazermos essas obras programadas há dez anos”, conclui o prefeito.