Índice de infestação de dengue cai em Itabira, que ainda segue em alerta de surto da doença

Os números ainda indicam a necessidade de vigilância constante e esforços contínuos – inclusive da população – para evitar surtos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

Índice de infestação de dengue cai em Itabira, que ainda segue em alerta de surto da doença
Foto: Divulgação PMI
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O Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (Liraa) é uma ferramenta fundamental para avaliar a infestação do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Após o Índice de Infestação Predial (IIP) – que mede a proporção de imóveis com focos do mosquito Aedes aegypti – ter chegado a absurdos 9% em janeiro, houve uma queda para 5,2% em maio, percentual que ainda mantinha o risco alto e iminente de surto das doenças transmitidas pelo mosquito. Agora, o terceiro Liraa de 2023, realizado entre os dias 14 e 18 de agosto, registrou uma significativa queda no índice para 1,9%.

Contudo, os números ainda indicam a necessidade de vigilância constante e esforços contínuos – inclusive da população – para evitar surtos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.  Para o Ministério da Saúde, valores inferiores a 1% são considerados de risco ideal, indicando uma situação controlada. Valores entre 1% e 3,9% são classificados como risco médio, sinalizando a necessidade de alerta e intensificação das ações preventivas. Acima de 4%, o risco é considerado alto, podendo indicar um surto iminente das doenças transmitidas pelo mosquito.

Durante o terceiro Liraa do ano realizado no município, foram visitados 1.797 imóveis, onde foram identificados os principais criadouros do mosquito. Os resultados revelaram que 48,5% dos focos estavam em bebedouros de animais e vasos de plantas; seguidos por 18,2% em depósitos de água no nível do solo, como caixas d’água e tambores. Além disso, 15,2% dos focos foram encontrados em depósitos fixos, incluindo piscinas e caixas de inspeção, enquanto 12,1% estavam em recipientes passíveis de remoção, como baldes e vasilhames diversos, por exemplo.

De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, até o fechamento desta matéria foram registrados 1.038 prováveis casos de dengue em Itabira, sendo 903 já confirmados. Outros 118 possíveis casos de chikungunya foram notificados, com a confirmação de 108 deles. Não há registros de infecção por zika vírus.

Clique aqui e confira o Painel de Monitoramento

Para combater a infestação e buscar reduzir os riscos à saúde da população, a Prefeitura de Itabira, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, tomou algumas medidas. Em julho deste ano, uma ação emergencial da Prefeitura contratou mais 50 Agentes de Combate às Endemias (ACE). Em outubro de 2022, outros 14 já haviam sido contratados pelo município, que também realizou recentes campanhas de conscientização à população.

“O Liraa nos fornece uma visão crucial da infestação do Aedes aegypti e orienta as medidas de controle. Ações como o aumento no quadro de agentes e campanhas de conscientização são passos importantes para minimizar a propagação dessas doenças e proteger a saúde da comunidade. Assim, as medidas tomadas buscam intensificar a busca por criadouros do mosquito, orientar a população, além de eliminar os focos encontrados”, explicou a superintendente de Vigilância em Saúde, Natália Andrade.

Breve histórico dos índices em Itabira:

28/06/22 a 02/07/22: IIP de 2%

24/10/22 a 28/10/22: IIP de 5,6%

16/01/23 a 20/01/23: IIP de 9%

15/05/23 a 19/05/23: IIP de 5,2%

Minas Gerais

Até 11 de setembro, Minas Gerais registrou 387.041 casos prováveis (casos notificados, exceto os descartados) de dengue. Desse total, 279.701 casos foram confirmados para a doença. Há 174 óbitos confirmados por dengue no estado e 86 óbitos em investigação.

Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 87.257 casos prováveis da doença, dos quais 67.242 foram confirmados. Até o momento, foram confirmados 36 óbitos por Chikungunya em Minas Gerais e 19 estão em investigação. Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registrados 134 casos prováveis. Há 24 confirmados para a doença e não há óbitos por Zika em Minas Gerais, até o momento. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que o boletim é atualizado quinzenalmente e o painel de arboviroses, semanalmente.