Polícia Civil faz operação em BH contra roubo de equipamentos de internet

Foram furtados vários transmissores avaliados em R$ 6 mil, além de mais R$ 21 mil em cada um que tenha sido substituído, o preço da manutenção

Polícia Civil faz operação em BH contra roubo de equipamentos de internet
(Foto: Divulgação/PCMG)

A Polícia Civil de Minas Gerais realiza, nesta quarta-feira (13), a “Operação Inclusão Digital Social” para combater o furto de equipamentos de internet digital que são instalados e fornecidos gratuitamente nas vilas de Belo Horizonte. O prejuízo gira em torno de R$ 60 milhões e a principal vítima é a Prefeitura de Belo Horizonte, que contratou o serviço.

Funcionários de uma empresa de tecnologia, uma das vencedoras do Programa “Vila mais conectada”, são suspeitos de desviar equipamentos e provocar o prejuízo. Duas pessoas já foram presas. Ao todo, a PCMG cumpre seis mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporárias, em Belo Horizonte, Pedro Leopoldo e Ribeirão das Neves, ambas cidades na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo as primeiras informações, as instalações iniciais do programa eram alvos constantes de vandalismo. Foi cogitada, inclusive, a possibilidade de ser resistência das comunidades que seriam beneficiadas.

No entanto, as investigações da Polícia Civil apontaram que criminosos tentaram impedir a implantação do programa, pensando ser parte do programa “Olho Vivo”, o que aumentaria a fiscalização em vilas e favelas.

Mas ao investigar funcionários da referida empresa, descobriu-se que o equipamento era furtado da rede já instalada. Ou seja, a substituição era feita pelos responsáveis pelo trabalho de implantação do sistema.

A certeza do envolvimento dos funcionários da empresa veio quando um deles foi flagrado retirando os equipamentos do local de instalação. As suspeitas aumentaram quando um funcionário, de confiança da empresa, pediu demissão.

Investimento e contrato

As investigações da Polícia Civil apontaram, ainda, que a Prefeitura de Belo Horizonte investiu R$ 40 milhões na implementação de tecnologia para gerar internet gratuita em 218 vilas e favelas da capital mineira, além de mais R$ 20 milhões na manutenção da rede.

E para cumprir o contrato, tal empresa acumulou prejuízos com a substituição de equipamentos. A estimativa dessa empresa é que o prejuízo inicial é de R$ 2 milhões.

Foram furtados vários transmissores avaliados em R$ 6 mil. Além disso, mais R$ 21 mil em cada um que tenha sido substituído, o preço da manutenção.

*Com informações do Estado de Minas